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Dia das Mães deve injetar R$ 2 bi e alavancar comércio na capital

A economia brasileira vem se recuperando a passos lentos e o setor lojista da capital mineira já estima uma melhora este ano, ainda mais com a proximidade do Dia das Mães, uma das datas mais esperadas pelo comércio. Segundo levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o mês de maio de 2017 deve apresentar crescimento de 1,25% nas vendas e faturamento estimado em R$ 2,1 bilhões. Em 2015 e 2016, o percentual de vendas nesse período registrou queda de 0,95% e 1,97%, respectivamente.

Os empresários estão mais otimistas com as vendas. Além da expectativa financeira, para 57,4% dos comerciantes de BH, as vendas serão melhores em comparação ao ano passado, quando o percentual de otimismo era de 23,1%. Ainda conforme pesquisa da CDL/BH, as promoções, ofertas e liquidações são as melhores estratégias para fisgar os clientes, seguido da divulgação e variedade de produtos.

De acordo com a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, houve uma melhora, tanto da confiança dos consumidores, quanto dos empresários. “Mas, por outro lado, teve uma desaceleração da inflação. O custo de vida das pessoas, apesar de ainda estar alto, deu uma diminuída. Também houve uma queda na taxa de juros que pode vir a aumentar a renda em circulação do crédito. Outro ponto importante é que a data tem um apelo emocional muito forte, ou seja, as pessoas acabam presenteando mesmo que com um item de menor valor”, explica.

Vestuário é o item mais procurado

Roupas 22,9%
Calçados e acessórios 10,8%
Cosméticos e perfumes 9,0%
Artigos diversos 8,4%
Joias, bijuterias e acessórios 7,2%
Flores, móveis e eletrodomésticos 6%

Otimismo 

Ana Paula afirma que no ano passado nenhuma data comemorativa foi capaz de alavancar o comércio. “Esse ano estamos com expectativa positiva de um leve crescimento. O Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio, perdendo apenas para o Natal”. Ela diz que os saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), terá muito pouco impacto no comércio. “As pessoas estão usando essa renda extra para pagar dívidas antigas”.

A pesquisa da CDL/BH também mostrou que mais da metade dos comerciantes acreditam que o consumidor deve gastar entre R$ 50 e R$ 100. E para quase 70% dos lojistas, a forma de pagamento mais utilizada pelos clientes será o cartão de crédito em até cinco vezes.

A economista avalia que o consumidor, além de qualidade e conforto na compra, está buscando sempre um preço melhor. “O aspecto que mais pesa na escolha do produto é o preço. Então, uma das estratégias do lojista para atrair esse consumir é fazer ofertas, promoções e divulgar bem o produto”, finaliza.