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Venda de carnes em açougues e similares pode ter novas regras em Juiz de Fora

 

Marlon Siqueira: “Apesar dos desdobramentos mostrados não afetarem o comércio de carnes em Juiz de Fora” (Foto: CMJF)
Marlon Siqueira: “Apesar dos desdobramentos mostrados não afetarem o comércio de carnes em Juiz de Fora” (Foto: CMJF)

A Operação Carne Fraca deflagrada, na última semana, pela Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de adulteração na produção de carne afetando as maiores empresas do ramo, despertou a atenção do vereador Marlon Siqueira (PMDB) em Juiz de Fora. O parlamentar apresentou no dia 21 de março um Projeto de Lei que obriga a divulgação do prazo de validade de carnes e derivados vendidos nos açougues e comércios similares na cidade.
“Estamos passando por um período em que há uma apreensão enorme do consumidor na hora de comprar a carne. Buscamos por meio do acesso mais fácil e amplo à informação tranquilizar o cidadão antes do consumo”, relata. A proposta reforça a necessidade da afixação do prazo para consumo também nas carnes expostas ao público.
Além da deste prazo, o documento exige que seja afixado no produto um número de inspeção sanitária da empresa responsável pelo fornecimento. O Projeto de Lei também acrescenta dois incisos à Lei 13.305 de 3 de fevereiro de 2016, que prevê a obrigatoriedade da afixação de cartazes informando, por exemplo, o nome e endereço do frigorífico fornecedor.
“Apesar dos desdobramentos mostrados não afetarem o comércio de carnes em Juiz de Fora, a operação reforça uma preocupação que devemos ter sempre: os direitos do consumidor e a segurança alimentar”, destacou Marlon, que é membro da Comissão de Abastecimento, Indústria, Comércio, Agropecuária e Defesa do Consumidor.

Cuidados na aquisição da carne
Nos supermercados e açougues, o consumidor deve redobrar os cuidados ao comprar carne. De acordo com Sérgio Pflanzer, doutor em Tecnologia de Alimentos e professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, o principal a ser observado é a aparência e aroma do alimento. “Normalmente, a carne imprópria apresenta cor, odor e textura alterados. As que são próprias para consumo apresentam coloração avermelhada, textura não pegajosa e lisa e não tem mau cheiro”.

Quanto a temperatura, Sérgio afirma que é necessário cautela, principalmente no armazenamento em supermercados ou açougues. “O congelamento dificulta o crescimento de bactérias, podendo manter a segurança do alimento”. Ele também alerta sobre a importância dos fiscais agropecuários para inspecionar os produtos.