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Um Brasil menor e melhor

Os mais graves problemas brasileiros poderão estar com os anos contados. Estamos falando da fome, saúde, educação, moradia e transporte. O que se projetava para 2070 acontecerá antes, algo em torno de 2057 a 2060, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseadas no Censo de 2023. Claro, teremos consequências inevitáveis, como o aumento da idade média dos brasileiros, a menor expansão demográfica e concentração da população em torno do litoral do país. Vamos às perspectivas.

Segundo o IBGE, de 2000 a 2023, o número da fecundidade por mulher brasileira passou de 2,32 para 1,57 filho, sendo que a quantidade mínima para garantir a reposição da população é de 2,1 filhos por mulher. Fato que acontece não só no Brasil, mas na maioria dos países desenvolvidos do mundo, como Inglaterra, Espanha, Estados Unidos e outros mais. A idade média em que as mulheres brasileiras têm filhos aumentou. Passou de 25,3 anos em 2000 para 27,7 anos em 2020, e as projeções indicam que a média deverá atingir 31,3 anos em 2070.

O resultado destes dados é que a população que até então aumentava tenderá a diminuir. Assim, os atuais 203 milhões de brasileiros serão menos de 195 milhões nos próximos 30 anos. Seremos uma população mais feminina, em torno de 51,5% de mulheres, mais idosos que jovens, sendo os maiores de 35 anos superiores aos jovens de 18 a 25. Os maiores de 65 anos terão um crescimento exponencial, impactando inevitavelmente a Previdência Social. Seremos, segundo as projeções, mais pardos e negros, com a diminuição dos brancos, que se reproduzem em menor escala. Os 55% dos brasileiros que moram atualmente em até 150 km distantes, em linha reta do litoral, tendem a aumentar, diminuindo, em muito, a marcha para o Oeste. E o que isto representa em nossa economia e desenvolvimento?

Os números indicam que se mantivermos o Produto Interno Bruto (PIB) em crescimento, em torno de 3%, o não crescimento da população e com as taxas atuais, haverá uma inevitável melhoria de nossos índices de renda per capta, com qualidade de vida melhor em todos os setores sociais, desde que haja juízo e seriedade dos mais diversos agentes responsáveis pela gestão do país, incluindo empresários, governos, educadores e toda a sociedade. É necessário acreditar, ou nos renderemos à teoria que nosso país foi criado para não dar certo? Algumas premissas, no entanto, são indispensáveis para um Brasil melhor, senão vejamos: Realizar, no menor prazo possível, algumas reformas e conceitos brasileiros de patriotismo, como a extinção da corrupção, a não politização do judiciário, os políticos severamente submetidos à Justiça, a reforma do Estado, uma nova constituição, banimento de algumas jabuticabas como a Justiça do Trabalho, a Justiça Eleitoral e seu altíssimo custo. Seguir o exemplo dos países desenvolvidos, onde a Justiça é única e imparcial.

Reforma administrativa e fiscal do Estado brasileiro, eliminando a maior carga tributária do mundo (a atual reforma prevê mais aumento), eliminar a participação do Estado sobre o emprego gerado, acabar com o paternalismo sobre o trabalhador e das classes menos favorecidas. Fazer a política ser exercida por quem tem vocação de servir, não de servirem-se, e exigir dos candidatos folha corrida de cidadãos honestos. Acabar com o absurdo número de partidos políticos e que os governos sejam exercidos não com o sentido ideológico, mas com programas e compromissos patrióticos. Fácil, não?