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É dada a largada para as sucessões: Governo, Fiemg, Atlético e Cruzeiro

Os políticos de proa não querem incentivar a discussão pela disputa ao governo de Minas, nessa fase do ano, por conta de fatos externos. Por exemplo, os tucanos estão amarrados às denúncias envolvendo o seu cacique maior, o senador Aécio Neves (PSDB). O governador, Fernando Pimentel (PT), espera mudar o perfil de sua administração porque, até agora, enfrentou grandes dificuldades de levar adiante o programa de governo em função da crise econômica. O grupo liderado pelo prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PHS), permanece uma incógnita.

Outros postulantes, como Dinis Pinheiro (PP), Rodrigo Pacheco (PMDB) e Alexandre Kalil (PHS) não negam candidatura e, promovem contatos de bastidores sem muito alarde sobre o tema, certamente, por considerar que ainda é cedo para uma postura mais agressiva.

Fiemg

Mas não é apenas a sucessão ao governo que movimenta os bastidores. Na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), pela primeira vez, nos últimos tempos, prenuncia-se uma disputa aberta pelo cargo de presidente. Em verdade, neste momento de dificuldade do poder público, a Fiemg é uma espécie de estio na manutenção do dinamismo da economia, gerando milhares empregos, equilibrando a renda pública por meio de impostos, além de ser, ao mesmo tempo, um espaço onde líderes, empresários e outros cidadãos formadores de opinião transitam. Esses, naturalmente, exercem uma forte liderança sobre os demais setores organizados da vida mineira.

Sabe-se que o atual presidente da Fiemg, empresário Olavo Machado Jr., tem evitado tratar desse assunto. Segundo pessoas próximas, o dirigente considera a discussão antecipada um erro estratégico, pois isso prejudica o setor, que a exemplo dos outros segmentos nacionais passam por dificuldades diante da estagnação da economia brasileira. Apesar desse apelo do presidente, nos meandros da economia e da própria política partidária, a sucessão na Casa é tema permanente de debate.

Não chega a ser novidade o fato de que o empresário Flávio Roscoe está em plena campanha para o posto de presidente da instituição. Depois do seu lançamento, o assunto passou a ser levado ao público, inclusive novos nomes foram surgindo com postulantes: o empresário Alberto Salum, vice-presidente da Fiemg, logo foi apontado como preferido da grupo da situação. Recentemente, o nome de outro integrante da atual diretoria, o empresário Aguinaldo Diniz, também começou a fazer parte da lista de possíveis candidatos.

Considerado peso pesado no sistema Fiemg, o empresário Fernando Coura, presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), é uma espécie de reserva moral dos empresários mineiros. Volta e meia, o nome dele é mencionado como uma provável solução, caso o impasse na disputa presidencial continue caminhando de maneira acirrada. Para muitos líderes do setor, o importante é tentar, a todo custo, um representante que seja consenso para ser escolhido presidente.

Times mineiros

Afora o assunto envolvendo os empresários, existem duas outras disputas em curso: a do Cruzeiro que, de acordo com os estatutos, o atual presidente Gilvan Pinho Tavares, não pode ser mais candidato. Entretanto, o advogado Sérgio Santos já se colocou como candidato à presidência do clube. A associação do time ainda não informou se há outros adversários.

Enquanto isso, no Galo, uma reeleição do atual presidente, Daniel Nepomuceno, caminha a passos largos. O nome de Nepomuceno é forte e, com isso, ele pode liderar o Atlético por mais um mandato.

Vale dizer que a sucessão ao governo de Minas, juntamente com as disputas na Fiemg, no Atlético e no Cruzeiro vão dominar grande parte dos espaços da mídia, nos próximos meses.