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Concursados não são valorizados na maioria das prefeituras municipais

 

1–Sinopse–Na maioria das prefeituras não existe a menor preocupação com o Treinamento do Servidor Efetivo (Concursado). Plano de Cargos e Carreira, nem pensar! Unidades funcionais de RH cuidam do “arroz com feijão” e dos aspectos legais das Rotinas de Pessoal”, e só! Na sequência, ao aflorar-se uma avassaladora angústia e uma severa frustação, enseja-se uma significativa desmotivação, a qual, determina uma natural acomodação deste mesmo servidor. Assumindo de vez, o já conhecido e tradicional perfil de funcionário público conhecido por todos como “Barnabé”, o mesmo bate o ponto, efetua sua costumeira rotina, toma seu cafezinho e no final do expediente, “tchau”! Não se preocupa em cuidar dos bens públicos e diminui gradativamente, o seu grau de comprometimento.

2 – Recursos Humanos nas Prefeituras Municipais – O cenário descrito nesta “sinopse” não é culpa de nenhum prefeito. Em nosso país, além de haver um acentuado atraso em questões da burocracia pública, tudo de inovação em gestão municipal é recente e muito novo. É de bom alvitre destacar que, uma das poucas instituições públicas do pais, que preocupa profissionalmente com o desenvolvimento de seus servidores efetivos concursados é o Ministério da Fazenda, através de uma estrutura avançada e sólida de RH, qual seja, a ESAF-Escola Superior de Administração Fazendária em Brasília, na qual, tenho a honra de participar de seu seleto elenco de professores e mestres.

3 – Potencialização dos Setores de RH – O prefeito deve fazer “escolhas certas” para o setor de RH! Primeiramente, evitar trazer “alguém de fora” para o respectivo cargo comissionado. Selecionar no “quadro interno” pessoa com perfil para atuar na área. Com a frequente falta de verbas, pode-se utilizar a criatividade junto com o conhecido modelo de “co-gestão”.

4 – Co-Gestão e Descobrimento de Talentos – Existem em todas organizações tanto privadas como públicas, servidores talentosos “escondidos”! Basta um metódico trabalho de pesquisa para descobri-los! Com certeza, os mesmos poderão fornecer muita contribuição! Portanto, com perseverança e ousadia pode-se elaborar um eficiente Plano de Treinamento de Servidores Efetivos com profissionais da própria prefeitura e de outras empresas do município, através de parcerias! Um fato: Em época não muito distante, era notória a falta de organização em determinado setor da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Não havia verbas para o desenvolvimento de um eficiente treinamento de Gestão, Planejamento, Organização e Métodos, Relações Interpessoais, Informática etc. Por outro lado, haviam salas de aula e uma esperta estrutura para cursos. Foi implementado internamente, um audacioso “Projeto de Inteligência” com o objetivo de descobrir e captar talentos. Para a surpresa de todos, foram captados um significativo número de servidores professores de TI, gestão, psicologia, pedagogia, engenharia etc. Após discussões, negociações etc., desenvolveu-se versáteis e pragmáticos Cursos de Relações Interpessoais, Organização e Métodos, Informática Básica e outros, todos com carga de 40 (quarenta) horas, para 7 (sete) turmas de 30 (trinta) servidores a “custo zero”. Funcionou tudo com muito entusiasmo, êxito e resultados. Na verdade, entre outros, o problema básico é que: profissionais “de fora” designados para “cargos comissionados” de RH, infelizmente, não se preocupam com tal assunto, sendo que, na maioria das vezes, não possuem a devida experiência!

4 – Considerações finais – A falta de treinamento “atrapalha” as ações com reflexos no atendimento da população. Consequentemente, ocorrem reclamações, devido a “má vontade”, “cara feia”, processos mal elaborados etc por servidores desmotivados e desatualizados tecnicamente. O objetivo deste artigo foi uma “retratação de problemas”! Assim, deve-se pensar positivamente e entender que: também existem servidores efetivos concursados sérios, idealistas, responsáveis e comprometidos.