O processo de votação para escolha dos prefeitos e vereadores de Minas acontecerão em 4 semanas. Em alguns poucos municípios a disputa será resolvida somente no segundo turno, como em Belo Horizonte, Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Uberaba, Ribeirão das Neves, Governador Valadares e Betim. Enquanto isto, nos bastidores da política mineira, alguns grupos já começam a se organizar para o pleito majoritário de 2022.
Sucessão de Zema
Em todas as pesquisas realizadas até agora para aferir a preferência dos eleitores nas grandes cidades, concomitantemente a atuação do governador Romeu Zema (Novo) também foi avaliada. Institutos renomados destacaram uma boa popularidade do chefe do Executivo estadual. Ou seja, se engana quem pensa que Zema está sem vontade de continuar na vida pública.
As suas atitudes neste segundo semestre são claras. No jargão popular, ele teria tomando gosto pela política. Seu estilo simples de administrar o governo mineiro parece ter caído na graça das pessoas. Se alguns não o julgam como um grande gestor, constatam que também não existem denúncias contra ele de falcatruas, desmandos e rudimentos tão comuns contra outros governadores. Aliás, muitos deles prestes a serem afastados de seus postos por má administração do dinheiro público.
Mesmo diante da popularidade de Zema e faltando exatos 2 anos para a eleição de governador de Minas, nomes que hoje estão nos bastidores da política estadual já são propalados como possíveis postulantes à disputa pelo Palácio da Liberdade.
Na lista referente aos pré-candidatos já conhecidos da população, comentários nos bastidores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) apontam o presidente da Casa, deputado Agostinho Patrus (PV), como uma das alternativas. Ele conquistou o respeito total de seus pares no âmbito do parlamento mineiro. “Se o governo do Estado não teve mais dificuldade até agora foi graças ao empenho do Agostinho, no sentido de dar grandeza aos debates públicos e envolver as demandas do Executivo perante o Legislativo”, diz um deputado próximo.
Comparado ao peso do presidente da ALMG estão nomes como o do empresário Rubens Menin, já citado algumas vezes como uma possibilidade tanto para governador de Minas quanto para disputar até a Presidência da República. Isso em falar também do projeto político do atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Popular na busca pela reeleição, o dirigente municipal almeja galgar voos mais ambiciosos rumo à política estadual, caso seja efetivamente reconduzido ao comando da PBH.
Para completar a lista de pré- -candidatos surge também o nome dos senadores Carlos Viana (PSD) e Rodrigo Pacheco (Democratas). A atuação de ambos nestas eleições municipais é frenética, ora ajudando a costurar alianças, e agora, enfrentando o corpo a corpo e pedindo votos para seus afilhados em todas as regiões, inclusive, nos grotões do Norte de Minas.
Os dois parlamentares estão inteiramente à vontade, pois em 2022 ainda estarão apenas na metade de seus respectivos mandatos e podem perfeitamente arriscar projetos mais audaciosos. Relativamente ao senador Antonio Anastasia (PSD), nada se sabe, a não ser de sua declarada vontade de se afastar da vida pública em definitivo.