O aumento da violência em Belo Horizonte pode ser avaliado como um retrato do que vem acontecendo com as megalópoles brasileiras. Esse desassossego tem motivos diversos, perpassando pela pobreza, falta de ação social visando oferecer mais oportunidades a trabalhadores semiqualificados, além de uma série de ações que envolvem o poder público, mas também a iniciativa privada. Mesmo assim, a capital mineira ainda é uma boa cidade para se viver, na comparação com suas coirmãs Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Salvador, entre outras urbes.
A insegurança dos belo-horizontinos elenca itens diferentes, como a degradação do hipercentro. Para minimizar os crimes ali praticados cotidianamente, entidades estão se unindo à Prefeitura de BH para concatenar ideias e teses, sendo mencionada a revitalização da Cidade do México como exemplo. Esse movimento tem a liderança da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), em parceria com o Sindicato da Construção Civil.
O presidente da entidade, empresário Marcelo de Souza e Silva, vaticina que o objetivo dessa empreitada é tornar o espaço central em um local seguro e atrativo para empresas e moradores. O dirigente adiantou que a missão mineira irá à cidade mexicana em novembro, com a finalidade de conhecer as práticas do programa de revitalização de lá, e tem garantida a participação de 20 representantes do poder público e sociedade civil. Segundo se propalou, até mesmo o prefeito Álvaro Damião já se prontificou a fazer parte da comitiva.
Raphael Rocha Lafetá, presidente do Sindicato da Construção Civil, detalha que é importante atrair pessoas para ocupação do espaço urbano, através da restauração de prédios e edifícios para moradias. O prefeito Álvaro Damião rememorou que é preciso unir forças para buscar soluções dessas demandas. Segundo avaliação do chefe do Executivo, está sendo feito de tudo para ter destreza nas decisões e desafios destinados a melhorar a vida das pessoas que moram e visitam BH.
A curadoria da missão ficará sob os auspícios do jornalista e pesquisador de arquitetura e urbanismo, Raul Juste Lores. Ele garante que a ideia é promover conversas francas com os protagonistas das transformações. A visita à Cidade do México pode inspirar políticos, empresários e entidades interessadas na recuperação do Centro da capital mineira. Se trata de uma tarefa efetivamente desafiante, mas abre caminho para novos horizontes. Indubitavelmente, essa intenção de revitalização é salutar.