
Quando se confirmou a presença do senador mineiro Rodrigo Pacheco (PSD) na comitiva do presidente Lula (PT), durante seu roteiro internacional ao Japão e Vietnã, aumentou a percepção do envolvimento do Palácio do Planalto no projeto político para turbinar o nome do parlamentar, visando disputar as eleições ao Governo de Minas no próximo ano.
O roteiro não é novo, mas voltou a ser reafirmado por interlocutores de Brasília, apontando para uma possível aliança entre Pacheco e o PT, a quem caberia indicar o cargo de vice, cujo primeiro nome mencionado é o da prefeita de Contagem, Marília Campos.
Já a disputa pela vaga ao Senado, segundo avaliação de matemáticos da política estadual, a sugestão recairia sobre o ex-prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), hoje uma liderança de respeito em todo o Triângulo Mineiro.
Presidente da ALMG
No bojo desse projeto entabulado a partir de grupos políticos mineiros e nacionais, com vistas ao pleito ao governo estadual de 2026, havia uma possibilidade da candidatura a um cargo eletivo do atual presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB). Mas como o seu partido é avaliado como uma sigla pequena, na comparação com os demais semelhantes, essa conversa de aliança de Tadeu/Pacheco parece ter “subido no telhado”.
Ao presidente do Legislativo, faltaria espaço para o enfrentamento nas urnas, e pela ótica dos entendidos no assunto, para esse aludido projeto dar certo terá de conceber alianças com grupos definidos e de muita popularidade. A não ser que o próprio Tadeu, por exigência do seu partido a nível nacional, seja instigado a se candidatar ao Senado, hipótese pouco provável no quadro do momento.
Enquanto aumentam as especulações relacionadas ao tema, avolumam avaliações nos bastidores da própria Assembleia, sugerindo a pretensão de Tadeu sair de cena em relação à peleja do próximo ano, colocando seu nome como pré-candidato ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). Atualmente, são duas vagas já existentes, chegando neste meio de ano a três vagas.
Pessoas próximas ao parlamentar não confirmam, mas também não negam sobre a existência de uma pauta alusiva à opção dele para o TCE-MG. Aliás, a ordem em torno da presidência é deixar esse assunto de eleição para o Tribunal em segundo plano, certamente para analisar os próximos passos no atual cenário.