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Foram dados os primeiros passos para aliança entre Mateus Simões e Cleitinho

Antes era apenas uma especulação, mas ficou mais nítido o potencial diálogo político entre o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) com o vice-governador Mateus Simões (Novo). Fontes categorizam que o parlamentar mineiro esteve pessoalmente com Simões, no dia 27 de fevereiro, no gabinete oficial do vice, na Cidade Administrativa. Sem a presença de muitas testemunhas, falaram por cerca de 45 minutos, tratando de temas relacionados ao pré-projeto com vistas à sucessão ao Governo de Minas, em 2026.

Essa e outras informações estão embalando a especulação difundida pela imprensa sobre uma possível aliança de Cleitinho com Simões. Como explicado pelo advogado especialista em direito eleitoral, Mauro Bomfim, caso assuma o governo do Estado nos últimos meses do próximo ano, Mateus Simões só poderá ser candidato à reeleição, não havendo, segundo a legislação atual, a chance de pleitear qualquer outra candidatura, inclusive ao Legislativo.

Neste sentido, nos meandros da Assembleia Legislativa, propala-se que o grupo do parlamentar indicaria o vice na possível chapa encabeçada por Mateus Simões. Segundo essas avaliações de bastidores, tudo na pretensão da união dos políticos ideologicamente alinhados ao campo da direita, como aconteceu nas últimas duas eleições, onde o governador Zema (Novo) esteve sempre próximo e também surfando na onda de popularidade do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Enquanto perduram essas sondagens no intramuros, o governador Romeu Zema resolveu colocar o pé na estrada. Tem visitado inúmeras cidades por diferentes regiões, levando sempre uma mensagem de otimismo. Esta primeira semana após o Carnaval, segundo a agenda oficial, o chefe do Executivo esteve em 12 municípios do Oeste de Minas.

Ele sempre vai a esses eventos apenas na companhia de alguns auxiliares e deputados votados na região, sem a presença de Mateus Simões na maior parte das vezes. Contudo, Zema sempre lembra da competência e lealdade de seu companheiro de administração pública. Ou seja, é um recado direto para tentar movimentar as lideranças municipalistas.

Em Brasília, assessores do presidente Lula (PT) esperam uma definição do quadro de saúde do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), para colocar em prática algum esboço de uma aliança. A ideia é unir forças do campo ideologicamente de centro e da ala progressista dos políticos do Estado, com a finalidade de alavancar um nome com chances de disputar o Palácio Tiradentes. No momento, a sugestão em pauta continua sendo o senador Rodrigo Pacheco (PSD), mas tudo pode mudar até o final deste ano.

Segundo avaliam no Planalto, quem vai determinar esse roteiro será a popularidade do presidente Lula. Se ele estiver com boa aprovação perante o povão, tudo ficaria mais fácil, caso contrário, teriam de se movimentar para formar uma aliança mais complexa, na tentativa de barrar as chances do senador Cleitinho se tornar o governador do Estado, se o pleito fosse realizado na metade de 2025.