
O Palácio do Planalto aguarda uma resposta do senador Rodrigo Pacheco (PSD), para saber se ele efetivamente aceitaria o desafio de se tornar candidato a governador, conforme propalado pelo presidente Lula, com o apoio de seu grupo político, inclusive do Partido dos Trabalhadores. E, só a partir de um possível sim, Pacheco se tornaria ministro de alguma pasta, ainda em fase de estudos para saber onde o político mineiro se encaixaria.
Quem não estaria gostando nada desse novo arranjo político em relação à sucessão estadual de 2026 é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Secretário-geral do PSD nacional, Silveira tem feito muitas incursões pelo interior mineiro, deixando clara a sua pretensão de ser candidato a um posto majoritário no próximo ano.
Falta espaço para os dois
Pacheco e Alexandre Silveira pertencem ao mesmo grupo político, aliás, são filiados ao PSD de Gilberto Kassab. Mas, quando o assunto é a sucessão estadual em Minas, tem componentes que carecem ser analisados com mais detalhes. Por exemplo, seria praticamente difícil Pacheco pleitear o governo tendo Silveira disputando o Senado. Esse posto, assim como a vaga de vice-governador, tende a ser uma moeda de troca de uma composição política, uma mega aliança, como prevê o presidente Lula, envolvendo as forças políticas de centro e também o PT.
As sugestões são no sentido de que o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB), seria o nome ideal para compor a chapa como vice, enquanto o Senado poderia ficar sob a responsabilidade da prefeita de Contagem, a petista Marília Campos.
Neste cenário, ainda existe a possibilidade de uma aproximação com o ex-prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), embora, segundo informações do Triângulo Mineiro, Leão tenha mantido contatos frequentes com o vice-governador Mateus Simões (Novo), com quem teria uma ideologia de centro-direita.
O jogo poderá ficar ainda mais nítido, caso o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), tenha condições de voltar à cena política. Na avaliação do Planalto, essa realidade fortaleceria a tese do presidente da República, no sentido de se concretizar uma mega aliança no Estado para enfrentar grupos poderosos, como o vice-governador Simões e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos).