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Setor de seguros cresceu 13,8% em Minas no primeiro semestre

Foto: Freepik.com

O setor de seguros está vivendo um momento de expansão na arrecadação durante o primeiro semestre de 2024. Segundo dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), o segmento registrou um crescimento de 13,8% de janeiro a junho. Nesse período, a receita atingiu R$ 17,8 bilhões.

Com valores que superam a cifra de bilhões, o ramo de automóveis lidera, com arrecadação de R$ 2,3 bilhões (índice 1,1% superior ao mesmo período de 2023). Logo em seguida aparece o seguro de vida, com R$ 1,2 bilhão arrecadado e alta de 9,4%. Outras duas modalidades também se destacam, especialmente por obterem os maiores avanços em arrecadação do setor no primeiro semestre. O seguro residencial (16,9%) e o de viagem (13,8%) foram os que mais cresceram em 2024, arrecadando R$ 200,2 milhões e R$ 14,4 milhões, respectivamente.

A economista especialista em seguros e finanças, Marta Andrade, diz que as seguradoras têm ampliado seu portfólio de produtos para atender a uma gama mais ampla de necessidades dos consumidores. “Novas ofertas, como seguros para dispositivos móveis, proteção contra fraudes digitais e planos personalizados para saúde e vida, têm atraído um público diversificado e contribuído para o aumento da arrecadação. Além disso, a transformação digital no setor facilita o acesso e a contratação de produtos. Aplicativos móveis e plataformas on-line têm permitido que os consumidores adquiram seguros de forma mais rápida e conveniente”.

Para a especialista, o mercado de seguros de saúde e vida tem mostrado um crescimento particularmente robusto. “A pandemia de COVID-19 ressaltou a importância da proteção à saúde, resultando em um aumento na demanda por seguros de saúde abrangentes e planos de vida. As seguradoras têm respondido a essa demanda com produtos mais flexíveis e acessíveis”.

O gerente de vendas Vicente Moraes contratou um seguro de vida após perder um amigo inesperadamente e presenciar os desafios que a família passou. “Sempre soube da importância de ter um planejamento, mas, por algum motivo, nunca coloquei isso em prática. A escolha foi baseada na proteção financeira que eu poderia proporcionar para minha família em caso de qualquer eventualidade para que não precisem enfrentar dificuldades adicionais. É fundamental revisar o seguro periodicamente para garantir que ele continue a atender às suas necessidades conforme as circunstâncias”, salienta.

Indenizações

As indenizações também avançaram no Estado, superando o crescimento da arrecadação. No primeiro semestre de 2024, o setor indenizou 24,1% a mais do que o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 4,7 bilhões. O segmento automobilístico segue em destaque, dessa vez com avanços de 40,3% em indenizações, que somam R$ 1,6 bilhão. Também em crescimento significativo, o seguro residencial (28,2%) registrou o segundo maior avanço do setor, seguido pelo seguro viagem (15,7%) e vida (10,5%), juntos, os três segmentos acumularam R$ 368,3 milhões em ações indenizatórias.

Marta ressalta que um dos principais fatores para o crescimento nas indenizações tem sido o aumento na frequência de sinistros, como acidentes de automóveis, danos a propriedades e reclamações de saúde. “As mudanças climáticas e os eventos meteorológicos extremos também têm contribuído para um aumento no número de sinistros relacionados a danos ambientais, exigindo uma maior compensação”.

A tendência de crescimento deve continuar, impulsionada pela inovação constante e pelo aumento da conscientização, afirma a especialista. “A tecnologia e a educação têm sido fatores-chave. À medida que mais pessoas reconhecem a importância dos seguros e têm acesso facilitado às ofertas, esperamos ver um crescimento contínuo e sustentável. Além disso, o setor está investindo em iniciativas para melhorar a experiência do cliente e expandir a penetração em segmentos de mercado ainda não totalmente explorados, como a proteção cibernética”.