Home > Cultura e Turismo > 10 mil pessoas são esperadas no “Festival Artes Vertentes”

10 mil pessoas são esperadas no “Festival Artes Vertentes”

Escritor Ailton Krenak é um dos convidados / Foto: Festival Artes Vertentes-Divulgação

 

Com mais de 50 atrações confirmadas e uma programação que reúne concertos, exposições, exibições, bate-papos, residências artísticas, oficinas, além de uma série de atividades voltadas para a promoção das artes e do conhecimento, o Festival Artes Vertentes será realizado na cidade de Tiradentes, na região Central do Estado, mas também com parte das apresentações sendo executadas em São João del-Rei e no distrito de Vitoriano Veloso (Bichinho) no município de Prados. A 13ª edição do evento vai acontecer entre os dias 19 e 29 de setembro e são esperadas cerca de 10 mil pessoas.

Com o tema “Alteridade”, a proposta do festival é oferecer uma programação que seja capaz de promover reflexões acerca da importância de se respeitar as individualidades e a construção coletiva na busca pela compreensão das diferenças. O diretor artístico, Luiz Gustavo Carvalho, pontua que falar sobre alteridade é fundamental. “Sendo essencial na construção da nossa própria identidade e, consequentemente, vital para a convivência em uma sociedade mais justa. O Artes Vertentes propõe esta reflexão a partir de um diálogo plural, transversal e diverso, com a presença das mais variadas linguagens e culturas”.

Ele elucida ainda que o projeto se consolidou como um dos principais festivais no cenário brasileiro, desde 2013. “O evento desenvolve um trabalho de maneira regular e gratuita com a população infantil, adolescente e adulta do município e da região, por meio de ações formativas”.

“A Ação Cultural Artes Vertentes já beneficiou mais de mil pessoas nos últimos 11 anos e acreditamos que essa presença perene no município de Tiradentes é uma forma de contribuir com uma transformação social por meio da arte. Parte deste trabalho integra anualmente a programação do festival e é apresentada ao público. Assim, a população tiradentina torna-se, a cada edição, também protagonista do Festival Artes Vertentes”, acrescenta.

 

Programação

Entre as presenças confirmadas, estão: o líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor Ailton Krenak; os escritores e pensadores, Sidarta Ribeiro, Joaquim Arena e Marina Skalova; e Geralda Brito de Oliveira, autora do livro “A porta aberta do sertão”.

Na área musical, terá atrações de diversas partes do mundo, como o pianista Jacob Katsnelson, Cristian Budu, Thorsten Johanns, Guillaume Martigné, Metá Metá e Ryutaro Suzuki. No campo das artes visuais, o festival contará com apresentações de trabalhos assinados por nomes como Leonilson, Gê Viana e Alejandro Cartagena.

O evento ainda conta com as artes cênicas, incluindo a apresentação do espetáculo “O Estrangeiro Reloaded”, protagonizado por Guilherme Leme, com direção da Vera Holtz e do premiado “Tebas Land”. Com dramaturgia do uruguaio Sergio Blanco e direção de Victor Garcia Peralta, a peça é uma autoficção que acompanha os encontros entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história do crime. Obras da cineasta Hanna Polak também irão integrar o Festival. A programação é 70% gratuita e o restante tem ingressos a preços populares, que podem ser adquiridos através do site www.artesvertentes.com.

 

O Festival

Criado em 2012 por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, o evento é realizado pela Ars et Vita e pela Associação dos Amigos do Festival Artes Vertentes. O projeto vem apresentando, ininterruptamente, uma programação artística que estimula diálogos e propõe, por meio da arte, reflexões sobre temas de relevância para a sociedade contemporânea. Durante as últimas doze edições, foram mais de 470 artistas, originários de 40 países.

Carvalho explica que o desejo era proporcionar um tempo e espaço que promovesse a confluência de linguagens artísticas. “Fomentando a arte contemporânea e transformando o espaço urbano numa plataforma de encontros entre diversas culturas por meio da arte. E em uma cidade pequena, como Tiradentes, é extremamente propícia para a realização de um festival, já que a geografia desses espaços conduz ao encontro”, finaliza.