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Vendas diretas geram flexibilidade e novas oportunidades de renda extra

Internet tem ajudado vendedores a alcançarem novos clientes – Foto: Pixabay

Termo que nasceu fazendo referência ao surgimento de plataformas digitais que contratam profissionais sob demanda para atividades específicas e de curta duração, a “economia gig” possui como principais características flexibilidade, tecnologia e diversidade de trabalhos. A presidente da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), Adriana Colloca, explica que várias atividades podem ser incorporadas no conceito. “Desde vendas e serviços de consultoria, até transportes e entregas”.

Uma pesquisa apontou que as principais motivações para ingressar nesses tipos de atividades são: a necessidade de ter uma renda extra (83%) e a flexibilidade (73%). Adriana destaca que além desses dois pontos, “no contexto da ‘economia gig’, permite que o vendedor, junto às empresas, ofereça aos clientes produtos diversificados. Isso acaba garantindo também melhores rendimentos para o empreendedor”.

Ela pontua que a internet é uma ferramenta importante na divulgação dos negócios, principalmente de venda direta. “86% dos revendedores já utilizaram a web para realizar vendas. As ferramentas mais usadas na divulgação de produtos pelos revendedores são o WhatsApp (80%) e mídias sociais (75%), sendo a principal ferramenta o Instagram, utilizada por 49% deles. Dentro desse contexto de alternativa de rendimento, a venda direta emerge como uma opção atraente para quem busca aliar flexibilidade a oportunidades de fontes adicionais”.

O setor das vendas diretas movimentou R$ 47 bilhões em 2023. A expectativa da presidente da ABEVD é que o número se repita em 2024. “Esse valor reflete a consolidação do mercado, que continua forte devido à adaptação das empresas ao ambiente digital e à crescente utilização de plataformas, como redes sociais e aplicativos de mensagens, para facilitar as vendas”.

O estudante de nutrição, Antônio Francisco Teixeira de Melo Neto, vende produtos nutricionais e destaca que as redes sociais o ajudaram na atração de novos clientes. “Sinto mais segurança para explicar sobre o produto e dar suporte aos compradores através da internet. Outra vantagem é que consigo me comunicar com mais pessoas em um espaço menor de tempo. Hoje, tenho uma rotina de vendas totalmente on-line e pretendo ampliar o meu alcance nos próximos anos”.

Nanoempreendedorismo deve alavancar setor

Aprovado na Câmara dos Deputados em julho, a nova categoria terá isenção de impostos para pessoas ou empresas que faturarem até R$ 40.500 por ano. Adriana avalia que essa regulamentação pode alavancar o setor de vendas diretas nos próximos anos. “Essa nova modalidade seria voltada para pequenos empreendedores, permitindo-lhes operar com isenção tributária e menos burocracia, impulsionando o crescimento do setor”.

“Isso também promoveria inclusão de pequenos negócios, fortalecendo a economia local, já as pessoas tendem a reinvestir seus lucros nas próprias comunidades. Para completar, a figura do nanoempreendedor também reconhece a urgência de promover um sistema tributário mais inclusivo, capaz de minimizar as desigualdades sociais enfrentadas por essas populações”, conclui.