O Dia das Crianças é uma das melhores datas do segundo semestre para o comércio varejista. Este ano, conforme pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), 42% dos entrevistados esperam crescimento nas vendas. A expectativa é que sejam injetados R$ 2,35 bilhões na economia da capital, o que representa um aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2020.
Dados da Fecomércio MG são ainda mais positivos e mostram que 85,7% dos empresários mineiros estimam vendas melhores ou iguais ao ano passado. Entre os principais motivos apontados estão o valor afetivo da data (43,8%), abrandamento da pandemia (25,8%), otimismo/ expectativa (21,1%), vacinação (14,1%) e aquecimento do comércio (10,9%).
Em relação ao ano passado, os empresários estão mais esperançosos. “Em 2020, o cenário incluía medidas restritivas de funcionamento ao comércio e a incerteza sobre o começo da vacinação. Apesar da mudança neste ano, o consumidor continua cauteloso devido às incertezas provocadas pelo desemprego, o achatamento da renda familiar e a alta da inflação, o que compromete o poder de compra das famílias”, destaca Gabriela Martins, economista da federação.
O índice de confiança das famílias de Belo Horizonte também avançou 5 pontos percentuais em setembro, passando de 67,2 para 72,2. Essa é a terceira alta seguida do indicador. Apesar disso, o analista de pesquisa da Fecomércio MG, Devid Lima, recomenda cautela e planejamento dos gastos. “O consumidor deve organizar suas contas e ficar atento para não perder o controle da renda”.
De acordo com um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 52,86% dos clientes pretendem presentear alguma criança no próximo dia 12. O percentual é o maior dos últimos 6 anos. A pesquisa da CDL/BH revelou que os empresários entrevistados projetam que os consumidores comprem, em média, dois presentes, com valor unitário de R$ 97,53.
Para o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, o ritmo das vendas em Belo Horizonte vem aumentando mês a mês. “A tendência é que continue assim até o final do ano. A reabertura do comércio, dos bares, restaurantes e demais locais de lazer proporcionou uma elevação no emprego formal da capital. Isso colaborou diretamente para aumentar a renda em circulação e alavancar as vendas”, analisa.
Conforme o levantamento da CDL/BH, os lojistas preveem que a forma de pagamento à vista no cartão de crédito será a preferência da maioria dos consumidores (44,7%). Em seguida, aparecem parcelamento no cartão de crédito (32,3%), cartão de débito (14%), transferência eletrônica – Pix, TED e DOC (7%), parcelado no cartão da própria loja (1%), dinheiro (0,7%) e à vista no cartão da loja (0,3%).
“A inflação elevada e as dificuldades impostas pela crise têm levado o consumidor a privilegiar as compras à vista, evitando compromissos financeiros de longo prazo”, comenta Silva.
Divulgação dos produtos
Na opinião de 88% dos comerciantes da capital mineira, a divulgação dos produtos será a principal forma de atrair os clientes. Eles também irão investir no atendimento qualificado (36,2%); promoções, ofertas e liquidações (31,9%); decoração da loja (21,9%); facilidade de pagamento (20,9%); mix de produtos (7,6%) e distribuição de brindes (0,7%). A maioria deles (84,7%) vai investir nas redes sociais como principal ferramenta de promoção.