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Início de ano positivo para economia

O comércio varejista da capital mineira iniciou 2024 com uma boa notícia. Após dez anos, o setor encerrou o mês de janeiro com crescimento. De acordo com o levantamento “Termômetro de Vendas”, elaborado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), houve um incremento de 1,92% no volume de vendas em comparação ao mês anterior (dezembro de 2023).

Podemos dizer que este é um crescimento histórico. Viemos de uma trajetória marcada por quedas, especialmente entre os anos de 2015 a 2018. Em 2019, tivemos um crescimento discreto, porém, na sequência voltamos a cair, por conta da pandemia. Os anos de 2020 e 2021 foram de recuo. Em 2022 e 2023 tivemos crescimentos tímidos. Alcançar um aumento de quase 2% demonstra que nosso comércio está vivo e reagindo bem às mudanças econômicas.

O crescimento das vendas no primeiro mês do ano é resultado de fatores como a contínua geração de empregos, o aumento da massa salarial e a redução dos juros, como o recente sexto corte da taxa Selic que têm permitido às famílias exercerem maior consumo.

Quando verificamos os resultados no país, o cenário não é diferente, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Influenciado pela alta da renda real e pela redução dos juros, as vendas do comércio no Brasil, em janeiro de 2024, apresentaram crescimento expressivo de 2,5%. Aqui também a base de comparação é o mês de dezembro de 2023.

Outro dado animador para a economia brasileira, também divulgado pelo IBGE, é o resultado do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%. Este é o terceiro ano com crescimento consecutivo, depois da queda justificada pelo início da pandemia. Grande parte desse resultado se deve ao Estado de Minas Gerais. No ano passado, segundo dados da Fundação João Pinheiro (FJP), a contribuição de Minas Gerais para o PIB nacional alcançou 9,5%, consolidando sua posição como o terceiro maior estado econômico do país, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Este resultado reforça que a economia mineira tem respondido bem aos estímulos e diretrizes implementados no cenário econômico.

Também é bom ressaltar que Minas Gerais finalizou o ano de 2023 com seu maior PIB já registrado. Pela primeira vez, o Estado ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão, representando um crescimento real de 3,1% na geração de riqueza em comparação com 2022.

Assim como o resultado do início do ano foi positivo para o comércio varejista da capital mineira, a situação financeira das famílias também segue o mesmo caminho. Depois de um período em que os níveis de endividamento e inadimplência atingiram um recorde, os dados mais recentes mostram um alívio. Em fevereiro de 2024, conforme a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer foi de 77,9%, abaixo do observado no mesmo mês do ano anterior. Já o percentual de famílias que relataram ter dívidas atrasadas foi de 28,1% em fevereiro de 2024, ante 29,8% em fevereiro de 2023.

Ao longo do último ano, a renda média real também mostrou evolução positiva, chegando a R$ 3.032. Por fim, o Indicador de Confiança do Consumidor, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou 89,7 pontos em fevereiro de 2024. O resultado segue acima do observado no mesmo mês do ano anterior, quando o indicador atingiu 85,5 pontos.

As melhoras nos indicadores macroeconômicos reforçam nossa confiança de um crescimento para a economia brasileira em 2024. O consenso do mercado aponta para uma tendência de queda na taxa básica de juros, prevendo que ela atinja menos de dois dígitos até o final do ano. Essa movimentação impulsiona o acesso ao crédito, promovendo um estímulo ao consumo de serviços, incluindo o setor de comércio.