Em países civilizados, as campanhas de vacinação são bem estruturadas e possuem intensa divulgação para contemplar o público-alvo, cuja imunização se traduz na prevenção contra doenças e infecções. Se essas mazelas não são combatidas, quase sempre ocasionam mortes, sequelas e outros inconvenientes.
Ao longo de décadas, o apoio ao esquema vacinal da população brasileira era algo pacificado, com adesão garantida todas as vezes em que o cidadão fosse chamado a se precaver contra qualquer tipo de vírus.
Quando tudo se desenhava na mais perfeita tranquilidade, com o público atendendo ao apelo dos governos, surge a famigerada polarização política. O assunto trouxe à tona nos segmentos formadores de opinião, especialmente nas redes sociais, o denominado negacionismo vacinal. Um absurdo, já que no escopo dessa negação, existem comentários, palpites e insinuações contra a vacina.
Em época de notícias plantadas por pessoas envolvidas com grupos radicais, seja da direita ou esquerda, a informação sem base científica pode confundir os cidadãos mais humildes. Também prejudica os indivíduos que deveriam tomar as doses de vacinas contra gripe, dengue e também da própria COVID-19, maldito vírus que vitimou milhares de brasileiros.
O radicalismo ideológico atual está contrastando com os dados da ciência, que baseada em anos de estudos, sempre incentiva a vacinação de crianças e adolescentes de até 14 anos. O resultado dessa informação truncada enseja a sobra imunizante na prateleira, enquanto aumenta o número de menores com problemas graves de infecção pela dengue. Isso chega a ser desumano.
Existem os espaços apropriados para se discutir política e seus atores demonstrarem suas preferências ideológicas. Porém, o recomendável é que esse debate aconteça bem longe dos “braços” da garotada, que nada tem a ver com esse frenesi exacerbado de engajamento de grupos astutos.