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Estado de Direito: Não podemos esquecer

Não podemos nos esquecer. Para um país estar à frente de seu tempo e se tornar uma potência, tem de acreditar no seu povo e na possibilidade de uma economia em que a população se estabilize. No entanto, não adianta bater na mesma tecla insistentemente e deixar que vieses malignos ideológicos invadam a homogenia dos que lutam pela sobrevivência e querem fazer da pátria uma nação cada vez melhor.

Não adianta investir pesado na educação se não existe linha ética e condizente com a cultura genuína do país. É inócuo querer que a tecnologia avance sem dar o mínimo necessário para que todos, ou a maior parte possível, possam usufruir com distinção e respeito à sua produção física e intelectual, elevando não só a si, mas o Brasil gigante e seu nível intelectual.

Também não adianta querer implantar sofismas com termos bajuladores e incompetentes como o tal do “politicamente correto”, se isso atrasa o desenvolvimento de forma generalizada. Não flui a certeza do futuro promissor se a corrupção, apesar de estar em todo lugar, até no mais rico e culto Estado – mas controlada com pesadas punições -, continuar incrustada na sociedade, e, embora a passos de tartaruga, as instituições afins não acertarem um ponto equilibrador para que isso pare de acontecer assustadoramente.

O que deu de errado com a Lava-Jato? Por que “de repente” o jogo virou e as instituições que a apoiavam se voltaram contra a própria Constituição Nacional? Por que a invasão de competências e o jogo de empurra acirram-se cada vez mais? Por que o narcotráfico cresce em escala “Apolo”? Contra o agronegócio, a propriedade privada, a liberdade de expressão e a família… Não podemos nos esquecer de que o equilíbrio de uma nação constitucional está no respeito mútuo dos seus três poderes: a liberdade de um de praticar o seu Poder termina quando esbarra na liberdade do outro de praticar o próprio Poder.

Não adianta um país querer crescer confundindo a cabeça de seu povo e transformando a educação em um instrumento mais do que politiqueiro e inútil, fazendo com que o brasileiro seja hostilizado e ridicularizado mundo afora. Já podíamos estar além no patamar de reverência, como a Austrália e a Nova Zelândia, os únicos países do Cone Sul de real civilidade, independentemente de que eles são monárquicos (nós já o fomos), e a Austrália ter sido povoada inicialmente por bandidos exportados da Grã-Bretanha.

Nossa federação é atrelada a um Planalto Central que impede as unidades federadas de terem um desenvolvimento melhor. O Estado tem que encolher o “inchaço”, ser menor. Com certeza, a União seria eficaz. A forma republicana com o regime presidencialista veio da independência dos Estados Unidos da América, em 1775, e, sinceramente, os países que o copiaram, colaram à sua maneira, e, pasmem, não dá certo. Ou seja, conseguem se manter, porque o sistema se faz por si só.

A realidade é que a educação é a única forma exata de conseguirmos alcançar a verdadeira “alforria”, o adequado caminho para o Brasil se tornar a potência em toda a sua magnitude no hemisfério Sul e, quem sabe, chegar perto das cinco maiores do planeta, ou se tornar a maior delas. Como anda a história desde a mal proclamada República de 15 de novembro de 1889, todos sabem da dificuldade de nos equilibrarmos aqui.

Então, no mundo, cada vez mais distante tornamos. O nobre professor Aluízio Pimenta, reitor da UFMG, fundador e primeiro reitor da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), ministro da Cultura, entre tantos outros atributos, filósofo, escritor, historiador e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG), sabiamente profetizou: “Só a educação fará do Brasil um país fácil de governar, difícil de dominar e impossível de escravizar”. Meu Deus, há luz no final do túnel?