No dia 16 de novembro, a nossa ex-poderosa Seleção Brasileira de Futebol retorna aos gramados, enfrentando o time da Colômbia pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. No dia 21, o embate ocorrerá contra a Argentina, com o fito de conquistar o direito de participar de mais uma edição desse evento mundial. Neste certame, é perceptível o desinteresse da torcida. Isso porque já fomos considerados como o “país do futebol”.
Uma pesquisa realizada pela Quaest Consultoria constata que o time brasileiro não tem atraído mais com tanta intensidade a atenção do público. Segundo o levantamento, 48% dos torcedores responderam que não estavam nada interessados no evento. Na mesma sondagem, comprovou-se que 36% estavam pouco interessados, enquanto 15% muito interessados e 1% não se manifestou.
Representantes da crônica esportiva mineira e brasileira analisam o quadro como preocupante. De certa forma, deve ser creditado aos dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma dose de responsabilidade pelo que vem ocorrendo, diante dessa apatia popular. A esmagadora maioria dos atletas convocados atua em times fora do Brasil, tornando-se uma espécie de estrangeiros, mesmo quando chamados para defender a camisa pelo nosso país. O jornalista Junior Brasil vai mais longe e diz que alguns convocados nunca jogaram em nossa pátria.
Como tudo ainda está muito incipiente, pode ser que a cúpula da CBF venha acatar a pressão popular no sentido de convidar, preferencialmente, nomes com atuação nos times caseiros. Até porque, conforme avaliação dos comunicadores esportivos, muitos dos listados nem sempre têm a mesma entrega, na comparação com seus desempenhos, quando nos gramados internacionais, por outros selecionados e agremiações.
A sugestão é no sentido de uma necessária participação dos times brasileiros na hora da convocação dos jogadores, como forma de envolver emocionalmente os torcedores. O ideal é uma filosofia de atuação permanente, visando deixar essa letargia para trás, mediante o compromisso dos atletas, instados a uma atuação mais comprometida, apostando-se na retomada da confiança da população.
Em realidade, essa festa popular não pode deixar de ter importância por incompetência da CBF, atualmente focada apenas em lucro, enquanto o prestígio do certame vai tendo cada vez menos relevância no imaginário de nossa gente, cedendo espaço para a ganância financeira.