No dia 24 de novembro teremos mais uma edição da Black Friday, data que, a cada ano, ganha mais força entre os consumidores brasileiros. Na capital mineira, um levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) revelou que os belo- -horizontinos estão dispostos a investir até R$ 1,6 mil na data deste ano. O tíquete médio de cada item deverá ficar em torno de R$ 796,43. Como os consumidores almejam adquirir, pelo menos, dois produtos, a quantia final gasta será de R$ 1.592,86.
Este valor representa um aumento de 9% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o tíquete médio foi de R$ 732,39. Isso reflete os recentes acontecimentos econômicos, como recuo da inflação, queda da taxa de juros e aumento da massa consumidora como resultado do programa Desenrola Brasil e diminuição do desemprego. Esse cenário contribuiu para aumentar o número de pessoas que vão consumir na data, alcançando nada menos que 75%. Ano passado foram 58%, ou seja, um avanço de quase 30%.
Identificamos ainda que os motivos para ir às compras na Black Friday são diversos. Dentre eles foram apontados: aproveitar as promoções, independente se deseja ou não determinado produto (34,4%); adquirir itens de necessidade com melhor preço (27,2%); comprar itens de desejo na promoção (21,9%); substituir produto que já possui por uma versão atualizada (10,7%); antecipar compras de Natal (5,8%).
Os consumidores esperam a Black Friday para adquirir produtos de maior valor agregado e para uso próprio. Isso explica o tíquete médio mais elevado e a maior disposição para investir. Com os clientes dispostos a comprar, é fundamental que os lojistas estejam atentos às necessidades de seus consumidores para garantir boas vendas e também a fidelização dos mesmos.
Na hora das compras, os principais atrativos dos consumidores são: preço baixo, atendimento ágil e de qualidade, qualidade do produto, localização do estabelecimento, credibilidade da loja, formas e prazos de pagamento e um ambiente agradável. A marca do produto foi o último ponto destacado pelos participantes de nossa pesquisa.
Esses apontamentos reforçam o que já verificamos há um tempo no comportamento do consumidor: a experiência de compra é tão importante quanto o valor de um produto. Os clientes atuais querem economizar, mas também querem poder compartilhar com seus pares a vivência em uma loja. Para atendê-los é preciso utilizar uma sabedoria do passado: a primeira impressão é a que fica. Uma má experiência pode até ser revertida, mas isso consumirá um grande esforço financeiro, de marketing e de gestão. Por isso, sempre bato na tecla que é mais fácil encantar que reconquistar.
A Black Friday será a penúltima grande data de vendas do varejo no ano. Tenho a expectativa de que será um bom termômetro para o Natal e irá pavimentar o caminho para a nossa economia caminhar em 2024. Estamos vivenciando um processo de recuperação estável e a tendência é que no próximo ano os indicadores econômicos sejam impulsionados de forma positiva.
