Entrelaçando a busca do amor durante um período político turbulento no Brasil, durante o século 20, o livro “Sol e Solidão em Copacabana”, encerra uma trilogia escrita por Aliel Paione, iniciada em 2017. Nesse último capítulo, a protagonista Verônica, vive um triângulo amoroso envolvendo o ambicioso João Antunes e a própria filha Henriette.
Paione conta como surgiu a ideia de escrever essa saga, que envolve amor, ambição e solidão. “A inspiração foi a partir de uma reportagem no antigo Jornal do Brasil sobre o cabaré Mère Louise, que havia em Copacabana no século passado. Era um espaço chique, frequentado por políticos e pessoas da alta sociedade do Rio de Janeiro. Gosto muito da história do Brasil, então, decidi intercalar romance com fatos que aconteceram no país, como as Revoluções de 1922 e a de 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, o Estado Novo, de 1937 até 1945, a eleição de Vargas em 1950, até o suicídio dele em 1954”.
Em “Sol e Solidão em Copacabana”, o autor traz um desfecho surpreendente para a trama e possibilita uma leitura independente da obra. “As conturbadas relações amorosas evidenciam a complexidade do ser humano, em que sonho, conquistas e fracassos associam metaforicamente a história brasileira dos personagens. E a busca dos leitores por entendê-los representa, também, a vontade de compreender e melhorar a realidade do Brasil”.
“Sol e Solidão em Copacabana” é o terceiro capítulo de uma saga iniciada pelos livros “Sol e Sonhos em Copacabana” e “Sol e Sombras”. Aliel faz um resumo dos dois primeiros livros. “Em ‘Sol e Sonhos em Copacabana’, a história começa no cabaré e basicamente se passa pelo triângulo amoroso formado por frequentadores desse lugar que é a Verônica, o diplomata Jean-Jacques Chermont Vernier e o senador Mendonça”.
“Já em ‘Sol e Sombras’, entra em cena o João Antunes, um sujeito que nasceu em São Borja, no Rio Grande do Sul, mesma cidade que Getúlio Vargas e era um cara ambicioso. Ele foi procurar ouro em Cavalcante, Goiás. O livro se passa todo na cidade e ele conhece Verônica e a sua filha Henriette, surgindo um novo triângulo amoroso”, completa.
Livros nos EUA
As obras de Aliel foram requisitadas para que fizessem parte da biblioteca do Congresso Americano, em Washington, a pedido do Consulado americano em São Paulo. “Fiquei muito lisonjeado, afinal, a biblioteca do Congresso Americano é a maior do mundo. O fato de alguém do consulado ter gostado e solicitado o envio do livro para o acervo é motivo de satisfação e de valorização do meu trabalho”.
Sobre o autor
Aliel é engenheiro de formação e brinca que hoje está dividido entre as ciências exatas e a literatura. “Durante toda a vida eu li muito. Antes de me aposentar, comecei a ter inspiração para escrever esse livro, entre 2010 e 2011. Hoje, não consigo ficar sem escrever, porque é algo muito importante para mim e que me satisfaz”.