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Agosto Dourado – Amamentação é importante para a saúde do bebê e da mãe

Brasil tem a maior rede de bancos de leite humano do mundo – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O oitavo mês do ano é conhecido como “Agosto Dourado”, quando são intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância da amamentação. Este nome foi escolhido por causa da cor, que destaca o padrão ouro de qualidade do leite materno.

De acordo com a pediatra da Saúde no Lar, Cláudia Drumond, a amamentação é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê. “Ela fornece todos os nutrientes essenciais necessários nos primeiros meses de vida, sendo especialmente adequada para suprir as necessidades do recém-nascido. O leite materno também fortalece o sistema imunológico, protegendo-o contra várias infecções e patologias, como hipertensão, colesterol alto, diabetes. Além disso, reduz a chance de obesidade ao longo da vida”.

Cláudia destaca que para as mães, a amamentação ajuda a diminuir o sangramento no período pós-parto e acelera a perda de peso. “Estudos mostram que o aleitamento está associado a um menor risco de desenvolver câncer de mama e ovário em mulheres, oferecendo uma proteção adicional contra essas enfermidades. Ainda ajuda a diminuir a possibilidade de doenças cardiovasculares”.

Ela explica que existe um período correto recomendado para a amamentação, que é baseado nas diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). “A amamentação é exclusiva nos primeiros seis meses. Essas organizações recomendam que o bebê seja alimentado exclusivamente com leite materno, sem oferecer água, chás ou outros alimentos durante esse período. Só ele é suficiente para atender a todas as necessidades nutricionais da criança nessa fase inicial e deve ser mantido até 2 anos de idade ou mais”.

A pediatra pontua ainda que, embora a amamentação seja amplamente recomendada e benéfica para a maioria das mulheres e seus bebês, existem situações em que pode ser contraindicada ou requerer precauções especiais. “Deve ser avaliada com cautela quando a mãe possui infecções graves, como HIV ou hepatite C, pois existe o risco de serem transmitidas para o bebê através do leite materno. Algumas condições médicas específicas, como certos tipos de câncer ou doenças metabólicas relevantes também podem desaconselhar a amamentação. Em qualquer situação, é fundamental conversar com profissionais de saúde para avaliar a melhor abordagem para sua condição e necessidades individuais. O suporte adequado ajuda a superar desafios e garantir a saúde e bem-estar para ambos”.