Os dias ensolarados do Brasil fizeram surgir uma atividade aquática chamada de biribol. Ela foi criada na década de 1960 no interior do estado de São Paulo. Inicialmente chamado de frescobol ou mesmo de vôlei de piscina, o esporte foi ganhando regras e medidas específicas ao longo dos anos. A modalidade é muito fácil de ser jogada e não exige que os praticantes saibam nadar, pois eles ficam de pé dentro da água com os braços levantados.
O professor de educação física Marcos Silveira explica que o condicionamento físico e o ganho de saúde promovidos pelos esportes aquáticos não são novidade. “O biribol aciona todos os músculos do corpo durante uma partida. A atividade ativa a circulação sanguínea e ajuda a baixar o nível de colesterol e também a sensação de cansaço, provocando, consequentemente, a diminuição de peso. Outra coisa importante sobre o biribol é que ele não permite que o indivíduo se exercite com mais intensidade física do que o suportado pelo organismo. Isso porque a água funciona como elemento de retenção a movimentos mais excessivos, assim, cada um faz o exercício conforme sua capacidade”.
Marcos diz que a modalidade também reflete também na saúde mental. “O esporte tem efeito tranquilizante, o que diminui a ansiedade e o estresse. Ele favorece ainda grande ganho social e emocional, pois proporciona movimentos amplos e contato no âmbito social e psicológico. Além de ser muito democrático, pode ser praticado independentemente de gênero ou peso, tem importância no trabalho de desenvolvimento de pessoas deficientes a nível motor e neurológico, com o propósito de recrear, incentivar a atividade física, melhorar a autoestima e o convívio social”.
Ele acrescenta que o esporte pode ser usado para recuperação muscular e lúdico para atletas profissionais de qualquer modalidade. Mas todos os benefícios citados só serão alcançados se a água da piscina estiver limpa, cristalina e com pH regulado para que não prejudique o bem-estar dos jogadores”.
O estudante Gustavo Magalhães diz que a atividade o ajudou a melhorar a qualidade de vida. “Eu estava sedentário e acabei engordando mais, chegando a entrar no grau I de obesidade. Na época, como não podíamos ir à academia por conta da COVID-19, resolvi comprar uma rede e colocar na piscina de casa. Jogava biribol com minha própria família mesmo. Consegui emagrecer 10kg com a atividade e dieta”, conclui.