O karatê é uma arte marcial de autodefesa originária do Japão. O método de combate não utilizar armas de qualquer espécie e se baseia em posições iniciais de equilíbrio, que dão origem aos golpes e podem ser socos ou chutes no adversário. A modalidade chegou ao Brasil, efetivamente, em 1956, se desenvolveu rapidamente e ganhou diversos adeptos. Segundo estimativa, existem mais de 250 mil praticantes registrados no país.
O professor de karatê Vinicius Silva diz que atitudes positivas e autodisciplina são importantes na prática. “Os principais objetivos são: o aperfeiçoamento do caráter, e a busca por maior eficácia de toda mente e corpo no momento da autodefesa, através de árduo treinamento e rigorosa disciplina. É muito grande a variação de estilos e de escolas de karatê, algumas delas são: Shotokan, Goju-Ryu, Shito-Ryu e Wado-Ryu, entre outras”.
Segundo ele, para ser aceito como um esporte, foram estabelecidas regras para se evitar ferimentos e lesões graves. Dessa forma, ficou mais dinâmico, exigindo maior técnica, velocidade, controle e estratégia. “Como esporte, existem dois tipos de competição chamadas de kata e kumite. Na primeira, não há contato físico, cinco juízes atribuem pontos ao carateca de acordo com o seu desempenho, com base na execução correta e na velocidade dos movimentos. Já a segunda coloca dois atletas em combate, as lutas duram de dois a cinco minutos e os pontos são atribuídos aos golpes desferidos”.
Silva afirma que o karatê também é um meio ideal de exercício. “Ele desenvolve a força, a velocidade, a coordenação motora, ajuda corrigir a postura e a melhorar o condicionamento físico, além de favorecer o desempenho cardiovascular e muscular. É uma atividade aeróbica e que demanda movimento de todo o corpo, auxiliando bastante no preparo físico”.
Além dos diversos benefícios físicos, a luta também traz ensinamentos e pontos positivos para a mente. “Ajuda a desenvolver paciência, disciplina, perseverança e compreensão, bem como a concentração, reflexos e foco. Eleva a autoestima e o controle emocional, constrói confiança, serenidade e a paz. É uma busca constante do indivíduo de ser melhor para si mesmo e para a comunidade. E esses valores são ensinados dentro do dojo para que sejam aplicados também fora dele. Aprende-se a importância de respeitar os colegas, ser pontual e dedicado, assim como justiça, coragem, compaixão, cortesia, sinceridade, honra e lealdade”.
A estudante Bruna Oliveira é praticante do karatê desde os 12 anos. “Me ensinou a ter melhor controle das minhas emoções, principalmente a raiva, o que é muito importante quando se está na adolescência, já que passamos por um turbilhão de sentimentos, além de maior disciplina e dedicação para tudo que me proponho a fazer. Graças ao esporte tenho mais autoestima em relação ao meu corpo, disposição, agilidade e força. Sinto que levo uma vida bem equilibrada e saudável, por conta dos ensinamentos do karatê”, finaliza Bruna.
