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Oposição cobra promessas de campanha de Romeu Zema

O Brasil começa a funcionar sempre após o Carnaval, segundo o jargão popular. Então, é hora de o governo mineiro começar a tirar da gaveta os seus projetos para os próximos quatro anos. Ademais, o próprio governador Romeu Zema (Novo) está sendo instigado a ser mais convincente em relação a denúncia veiculada pela imprensa nacional indicando haver uma série de contratações sem licitação em diferentes setores da máquina estatal.

Nos meandros de Brasília, observadores da política nacional questionam a verdadeira liderança do chefe do Executivo mineiro, tendo como base o resultado das urnas. Vale dizer que ele foi reeleito, mas o seu partido, o Novo, não elegeu sequer um parlamentar e não tem em suas fileiras um único prefeito.

Para além desta realidade, os deputados bem votados, como Nikolas Ferreira (PL), Bruno Engler (PL) entre outros, ostentaram à época da campanha, a bandeira do bolsonarismo, e isso aconteceu com o próprio senador Cleitinho (PSC), provocando derrota naturalmente por falta de votos do grupo palaciano para eleger o seu senador preferido, o então candidato derrotado Marcelo Aro, presidente do PP mineiro e agora, novo secretário-geral do Governo.

 

Promessas de campanha

A ordem de Brasília é tratar o governador de maneira respeitosa e institucional, por conta de comandar um estado influente no Brasil. Por outro lado, existe uma verdadeira mágoa devido aos eloquentes discursos públicos e ataques de Zema contra o PT e o próprio presidente Lula, quando em palanque. Fontes petistas lembram que, no segundo turno, o chefe do Executivo mineiro não fez campanha para o seu candidato Jair Bolsonaro (PL). “Na maioria das vezes, ele nada falava sobre a bandeira do seu candidato para desferir pancadas contra nós”, vaticina o interlocutor.

A bancada federal do PT promete ser um reforço à bancada estadual dos petistas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na busca de expor as vísceras do governo estadual que agora caminha, efetivamente, para o segundo mandato. Inquieto, o deputado Rogério Correa (PT) lembra que, em quatro anos, não foi construída escola alguma, embora constatado o fato de termos um estado com cerca de 20 milhões de habitantes.

Mas, nos bastidores da própria Casa Legislativa Mineira, propalam-se as promessas de campanha do Zema. E para não deixar no esquecimento, enumeram que dos oito hospitais regionais previstos apenas dois estão sendo erguidos. Critica-se a atuação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), cuja autarquia estaria completamente esvaziada e suas atividades são pífias, a ponto de deixar muitas estradas de algumas regiões em situação comprometedora como o Sul de Minas. Por lá, esse cenário de falta de estrada bem cuidada está afugentando turistas, especialmente de São Paulo.

Do Norte de Minas, vem a reclamação indicando que o governador teria orientado a Cemig a fazer investimentos milionários em programas de energia. A determinação iria prejudicar os empresários nos próximos anos, especialmente os denominados investidores em energia solar. Para eles, não adianta nada investir, construir novas unidades, se não tem uma boa linha de distribuição.

O único ponto positivo do atual governo reconhecido por deputados de oposição, ouvidos por nossa reportagem, diz respeito à segurança pública, especialmente na região metropolitana de Belo Horizonte.