Uma pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostra que 77% dos consumidores pretendem investir em fantasias temáticas e acessórios para curtir o Carnaval. Por outro lado, 23,4% vão para a festa com roupa casual; 18,4% afirmam que vão confeccionar as próprias vestimentas; 8,2% vão adquirir nos shoppings populares; 6,1% vão reutilizar de anos anteriores; 4,1% vão pegar emprestado; 4,1% irão adquirir pela internet e 2% irão comprar nos shoppings convencionais.
“O retorno do carnaval tem movimentado a cidade. Como os foliões estão animados para elaborar fantasias e adereços, a tendência é que lojas de tecidos, aviamentos, maquiagens e acessórios tenham uma boa movimentação e aumentem as vendas”, afirma o presidente da CDL/ BH, Marcelo de Souza e Silva. A fala do dirigente é confirmada pela pesquisa da entidade, que revela que 57% dos entrevistados irão comprar fantasias em lojas de rua.
Para pagar as contas da folia, a maioria dos entrevistados afirma que irá utilizar o Pix (32,8%). O segundo lugar é dividido entre cartão de débito e dinheiro, ambos com 25% cada. Na terceira opção está o pagamento à vista no cartão de crédito, com 17,2%. “A preferência pelo Pix pode ser explicada pela principal faixa etária que frequenta a festa: jovens entre 18 e 34 anos. Essa população está mais habituada a essa forma de pagamento mais rápida e segura para eles. Vale destacar que esse grupo geracional representa 68,7% dos entrevistados”, ressalta Marcelo de Souza e Silva.
Maria Vasconcelos, proprietária de uma loja de fantasias e acessórios, conta que essa é uma época boa de vendas. “Os últimos dois anos foram de queda no faturamento, mas agora já vemos a grande movimentação dos foliões atrás de roupas. Desde janeiro tem havido muita demanda por aluguel de fantasias completas. Principalmente as mulheres, procuram bastante por arquinhos e ombreiras. Muitas querem algo diferente e estão apostando em penas, brilhos, pedras e nas cores dos blocos em que irão”.
A dentista Geovana Dias planeja suas fantasias com antecedência e prefere comprar objetos de artesanato para customizar suas roupas. “Eu tenho uma máquina de costura que era da minha mãe, então eu compro os materiais e faço saias, tops e alguns acessórios. Acho que sai bem mais barato e consigo fazer exatamente o que eu quero e no meu tamanho exato”.
Bebidas
Nos dias de folia, as bebidas alcoólicas serão as campeãs de vendas, com intenção de consumo entre 82,8% dos entrevistados. Na sequência aparecem as bebidas sem álcool, com 17,2%. Uma outra pesquisa, também feita pela CDL/BH com empresários do setor de bares e restaurantes, acredita que o gasto médio será de R$ 57,55 por produto. A expectativa é que haja o consumo de duas mercadorias. Desta forma, o investimento final deverá ser de R$ 115,10.
Programação
O levantamento da CDL/BH revelou que 50% dos foliões já decidiram em quais blocos irão e os outros 50% ainda não definiram. Dentre os que já sabem em quais blocos vão curtir, a média é de quatro cortejos durante o Carnaval. Ao serem questionados como irão curtir a festa, os entrevistados apontaram as seguintes programações: aproveitar os blocos de Belo Horizonte (32%), ficar em casa com a família (19%), trabalhar (12%), ficar em casa assistindo a filmes e séries (10,5%), viajar com amigos ou familiares para sítio (9%), viajar para a praia (4%), viajar para o interior do estado para visitar a família (3,5%), curtir o Carnaval no interior de Minas Gerais (3%).