Quando Bolsonaro começou perder a reeleição
Os bolsonaristas lamentam a perda da reeleição do futuro ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas se esquecem de que ele mesmo “recuperou” o presidente Lula (PT) ao brigar com Sérgio Moro. Como o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha Moro como base, bastou ele perder a condição de ministro da Justiça e Segurança Pública para todos se levantarem contra suas decisões e anular todos os julgamentos que ele fez contra o, na época, ex-presidente Lula. É importante ressaltar que Bolsonaro ficou de mal com Moro, porque ele não concordou com o desejo de trocar delegados da Polícia Federal no Rio, que incomodavam o seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL), investigado pelas rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Outra faceta de Bolsonaro apareceu durante a pandemia. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tinha o costume de todas as tardes reunir a imprensa e dar entrevista a respeito da crise sanitária, o que gerava informações positivas para o governo. O presidente, com ciúmes de Mandetta que aparecia bem em todas as redes de TV, fazia tudo ao contrário e receitava cloroquina, desconsiderando as falas do seu próprio ministro. Com a saída de Mandetta, o médico carioca Nelson Teich foi nomeado e não ficou nem 30 dias no ministério, pedindo demissão por causa das interferências do presidente. Veio então o general Pazuello, que foi uma lástima e, então, Bolsonaro fez dele o que quis, desautorizando-o na compra de vacina do Instituto Butantan, fabricada por iniciativa do então governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Depois, quando viu que Doria vacinaria parte da população primeiro que ele, mandou comprar as vacinas, mas afirmou que quem a tomasse viraria jacaré.
Depois veio a compra da vacina Covaxin, da Índia, que levou o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão, Luís Ricardo Miranda, ao Palácio da Alvorada para denunciar ao presidente que a compra seria feita com US$ 2 de propina por cada dose. Bolsonaro, ao invés de agradecer ao deputado e ao irmão, mandou investigar os denunciantes, o que gerou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das vacinas no Senado e foi mais um desgaste para o presidente.
Depois de tudo isso, vieram as fake news do filho de Bolsonaro, investigadas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ao invés de conversar com Moraes, Bolsonaro brigou, o que acabou resultando em todo processo jurídico contra ele no país. Apenas algumas lembranças para mostrar como o presidente veio perdendo a reeleição.
DA COCHEIRA
Parece que o primeiro opositor do futuro governo do presidente Lula (PT) será o general Hamilton Mourão (Republicanos), eleito senador pelo Rio Grande do Sul. Ele já está denunciando que Lula estaria negociando com o Congresso um rombo de R$ 200 bilhões no orçamento do próximo ano, o que pode comprometer o equilíbrio fiscal do governo, com o consequente aumento da dívida, mais inflação e desvalorização do Real.
Antonio Carlos Arantes (PL) segue firme no seu desejo de ser o próximo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ele tem conversado com todos os deputados da Casa. Tem chance.
LIRA E PACHECO DEVEM FICAR – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está acenando para o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para que ele dispute a reeleição. Para Lula, melhor com Lira, pior sem ele. O atual presidente da Câmara tem acesso ao PT, centrão e ao bolsonarismo. O petista vai precisar de um parceiro que converse com todos os segmentos. O mesmo vai acontecer no Senado. Para o presidente da República, a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) seria melhor que qualquer nome que viesse do PT.
ATÉ QUE ENFIM – O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), já avisou que vai à Brasília quantas vezes forem necessárias para pedir recursos para Belo Horizonte. Tem razão o prefeito, é triste pensar que a capital mineira tem que pedir pequenos empréstimos para fazer obras, dinheiro que poderia vir de fundo perdido do governo federal.
ZEMA E LULA – O governador Romeu Zema (Novo), que não escondeu sua preferência em apoiar Bolsonaro (PL) no segundo turno, já está com suas reivindicações para levar ao novo presidente. Quer uma negociação da dívida de Minas. Como o PT sempre foi contra o projeto de renegociação do estado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), espera que agora seja mais fácil conversar com o Partido dos Trabalhadores.
ANIVERSARIANTES
Domingo, 6 de novembro
Maria Lúcia Scarpelli
Delegado Agílio Monteiro Filho
Jornalista Mábila Soares
Ibraim Silame
Segunda-feira, 7
Engenheiro Maurício Andrés
Empresária Daniela Portela
Michel Angelo – chefe de Esportes da Itatiaia
Terça-feira, 8
Publicitário Simão Lacerda
Agostinho Bertolini Neto
Quarta-feira, 9
Jornalista Paulo César de Oliveira
Edson Nunes
Quinta-feira, 10
Pedro Lúcio Papa
Newton de Menezes Marques – Brumadinho
Luiza Leão
Sexta-feira, 11
Maurício Pacini
Sra. Emília de Mascarenhas – esposa de Pacifico Mascarenhas
Deputado Newton Cardoso Junior
Sábado, 12
Rubens Lessa de Carvalho
Ilma Dotti
José Renato Barbosa – Prado/Calafate
A todos, os nossos parabéns!