De acordo com dados colhidos pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), 85,9% dos empresários mineiros esperam que as vendas do Dia das Mães de 2022 sejam melhores que as de 2021.
Os números indicam ainda um avanço no setor do comércio este ano. A análise mostra que 61,3% das empresas do varejo mineiro são impactadas por esse período.
Segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), 7 em cada 10 lojistas (71,6%) estão confiantes com a data, que deve injetar R$ 2,11 bilhões na economia da capital. E, para atender ao aumento do volume, 54,4% dos empresários afirmaram que aumentaram o estoque e 29,3% mantiveram o mesmo patamar do ano passado.
A economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, explica que um dos principais motivos para esse otimismo é o valor afetivo. “As pessoas sempre presenteiam, independente das condições financeiras, pois é um gesto de carinho. Outro fator é o abrandamento da pandemia, que fez com que a população retomasse a confiança de frequentar o comércio, além da esperança dos empresários”.
Ela acrescenta que os índices apontam para uma melhoria no ramo como um todo. “A minoria dos empreendedores espera um cenário ruim, o que mostra uma retomada positiva. Afinal, essa é a principal data do primeiro semestre e a segunda maior do comércio varejista do ano. Ficando atrás apenas do Natal”.
Impacto nacional
Uma pesquisa realizada pela All iN, em parceria com a Opinion Box, mostra que 76% dos brasileiros têm a intenção de ir às compras no Dia das Mães, enquanto 13% ainda dizem ter dúvida e outros 11% estão decididos a não comprar. Mas, quem tem o hábito de presentear, precisa ficar de olho nos preços antes de tomar uma decisão. Conforme a análise, 49% dos consumidores pesquisam tanto on-line quanto nas lojas físicas antes de efetivar a compra, enquanto 38% fazem consultas nos sites das empresas e 32% em portais de busca. Outros 30% se concentram apenas nas lojas físicas; 22% consultam aplicativos e 20% o Instagram.
Para o diretor comercial da All iN, Nelson Scoz, o número não é diferente dos anos anteriores, apresentando, porém, uma pequena subida. “O mais importante é o ticket médio não diminuir, já que temos alguns ofensores como inflação e um pouco de declínio do poder de renda das pessoas. O Dia das Mães é uma grande data, só perde para a Black Friday e Natal”.
Ele acrescenta que toda data sazonal apresenta ganho no comércio. “Observando que, hoje, temos um cenário mais seguro, o lucro deve ser superior ao de 2021, o que faz com que a economia circule. Mas toda movimentação positiva é fundamental para trazer sinais de melhorias e permitir que o mercado comece a reagir”.
Dona de uma loja que vende roupas, sapatos e acessórios femininos, a empresária Kessie Queiroz está animada. “O Dia das Mães é uma data importante e um fôlego para quem tem comércio. Mesmo em pandemia, as pessoas compraram presentes, mais baratos, mas não deixaram de adquirir. Por isso que, para este ano, fiz o possível e o impossível para conseguir os melhores preços com os meus fornecedores”, conclui.