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54% do comércio varejista mineiro esperam vendas melhores no primeiro semestre

Metade dos empresários aposta em planejamento e estratégias para atrair consumidores | Foto: Divulgação/Internet

Com a vacinação contra a COVID-19 avançando no estado e as restrições rigorosas de funcionamento de diversos setores da economia já no passado, 54,4% do comércio varejista mineiro está mais esperançoso e acredita que as vendas neste semestre serão melhores que no segundo de 2021. Isso é o que revela uma pesquisa realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG. Essa expectativa se deve ao Dia das Mães, data comemorativa que impacta positivamente um maior número de estabelecimentos.

Para a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, o cenário é otimista. “Apesar dos fatores negativos relacionados à economia, como a inflação elevada e o encarecimento do crédito, o comércio vem apresentando uma excelente expectativa com o aumento da vacinação da população, que está retomando a confiança em frequentar as lojas físicas, reaquecendo o setor”.

Ainda segundo Gabriela, o primeiro semestre do ano é marcado por importantes datas comemorativas, que geram diversos impactos positivos para o comércio varejista. “A principal delas é o Dia das Mães, seguido pelo Dia dos Namorados e também pela Páscoa. Um bom planejamento se torna essencial para atrair novos consumidores, fidelizar e até reativar os antigos, pois reduz os efeitos do cenário econômico desfavorável”, analisa.

De acordo com o estudo, entre os segmentos com melhores expectativas de vendas, estão: combustíveis e lubrificantes (72,7%), livros, jornais, revistas e papelarias (70,0%); além dos produtos farmacêuticos e de perfumaria (63,9%). Para melhorar as vendas no período, 42,6% dos empresários prometem realizar promoções, 32% divulgações, 12,6% aumentarão a oferta do mix de produtos e 5,5% apostarão no atendimento diferenciado.

Já os fatores que podem dificultar as vendas nos primeiros 6 meses do ano mais comentados pelos empresários foram o preço alto dos produtos (43,1%), desemprego (23,4%), endividamento do consumidor (22,9%) e momento econômico do país (20,4%).

A economista explica que o aumento dos preços se deve, principalmente, a alta do dólar, que representa uma desvalorização do real, tornando mais interessante para os produtores exportarem seus produtos do que venderem para o mercado interno. “Isso faz com que a oferta de bens no mercado nacional não supra a demanda, elevando assim os valores. Além disso, o dólar alto também se relaciona ao custo dos combustíveis, visto que o preço do barril do petróleo está indexado nessa moeda”, esclarece.

Outro fator apontado por ela é a crise hídrica enfrentada no Brasil em 2021, que causou o acionamento das termoelétricas, subindo o preço da eletricidade e encarecendo todo o processo produtivo do Brasil. “Esses acontecimentos levam a um aumento direto de bens essenciais como alimentos, bebidas, transporte, gás de cozinha e combustíveis”.

Presença no e-commerce

Segundo a pesquisa realizada pela Fecomércio MG em 2021, 65,2% das empresas do comércio varejista de Minas Gerais têm presença no ambiente on-line. “As vendas por meio de e-commerce e redes sociais são de grande importância para o comércio, visto que é uma forma de divulgar os produtos vendidos e atingir um maior número de clientes, suprindo demandas específicas dos consumidores, principalmente, em decorrência das restrições impostas pela pandemia”, conclui a economista.