Nos bastidores da política mineira, dois assuntos tomam conta da cena: o primeiro é saber quem será o vice de Romeu Zema (Novo) nas eleições deste ano. Segundo especialistas da área, talvez o próprio governador não tenha esta completa definição, afinal, tudo vai depender do seu partido, que é uma sigla eivada de restrições quando o assunto é coligações partidárias.
O segundo tem a ver com a possível aliança entre o pré-candidato a governador Alexandre Kalil (PSD) e o PT mineiro. Relativamente a isso, quando esteve em Brasília, semana passada, para a posse do novo senador Alexandre Silveira (PSD), Kalil deixou escapar sua aprovação para que se forme essa aliança. Ainda de acordo com ele, esse é um processo extenso e que perpassa pela estrutura nacional, envolvendo o ex-presidente Lula (PT) e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
A verdade é que o PT é quem está com problemas para viabilização da parceria. Em São Paulo, o petista e ex-ministro Fernando Haddad não almeja abrir mão de sua candidatura ao governo do Estado, o que pode acabar minando o acordo com o PSD. Então, não adianta os petistas mineiros estarem aliados a Kalil, se não acontecer esse entendimento da cúpula.
Nas entrelinhas deste debate, aparece outro fator preponderante: o futuro político do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Durante o mês de janeiro e, por motivo de férias, o parlamentar esteve ausente do noticiário político. Pronto, bastou isso para que surgissem dúvidas sobre sua propalada pretensão de disputar a Presidência da República como terceira via.
Federação partidária
Contudo, ainda existe um assunto capaz de unir a todos os políticos em tela: a novidade da criação das federações partidárias. Por exemplo, em Brasília, é dito que o PT tem chance de atuar junto ao PSB, PV entre outros. No entanto, os interessados permanecem paralisados, pois desejam saber primeiro qual será o prazo da Justiça para a formalização dessas uniões.
Imprensa nacional
Falando recentemente à imprensa nacional, o prefeito de BH voltou a repetir que conversa com qualquer candidato à Presidência da República, inclusive com o ex-juiz Sergio Moro. No entanto, se recusa a estender “tapete vermelho” para o presidente Jair Bolsonaro (PL) como já fez em duas oportunidades na eleição passada. O problema é que quando se tornou chefe da nação, Bolsonaro se negou a agendar um encontro com Kalil para tratar dos assuntos de interesse da capital mineira.
Relativamente à lista de interessados em fazer parte da chapa de Kalil, o único nome badalado era do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV). Mas, recentemente, entrou neste páreo a sugestão do presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda.