Minas Gerais ultrapassou a marca de 1 gigawatt (GW) de potência instalada de geração distribuída (GD) de energia solar fotovoltaica. O estado é responsável por 18% de todo o potencial instalado no país, o que o torna líder no Brasil. Ao todo, são 844 cidades mineiras abastecidas com geração própria, o que resulta em 98,9% dos municípios.
A engenheira de energia Priscilla Azevedo explica que Minas possui uma série de fatores que faz com que o estado saia na frente quando o assunto é energia solar. “Existe um potencial técnico expressivo, alta radiação solar, além de tarifa de subsídios fiscais (impostos) que permitem um retorno rápido do investimento”.
A energia solar é o aproveitamento do sol para geração de energia, seja ela elétrica ou térmica. “Esse tipo de sistema não gera resíduos nem emite gases poluentes, assim, não contribui para o aquecimento global e o efeito estufa; é uma fonte inesgotável e prontamente disponível”, acrescenta Priscilla.
Para adquirir um sistema fotovoltaico é necessário que o consumidor procure uma empresa especializada e capacitada. “Ela irá realizar o dimensionamento do sistema de forma adequada. Além disso, irá homologar ou aprovar junto à concessionária local e realizar a instalação dos equipamentos. Atualmente, existe a possibilidades de parcelamento em cartão e linhas de crédito específicas para financiamento”.
A engenheira de energia destaca que, geralmente, essas linhas de financiamento possuem parcelas fixas, enquanto a tarifa de energia aumenta a cada ano. “O investimento inicial para instalação é recuperado em um prazo de aproximadamente 3 a 5 anos, sendo a vida útil dos módulos fotovoltaicos superior a 25 anos”.
O engenheiro mecânico Eugênio Costa aderiu o sistema por meio de uma usina própria e, em 5 anos, recuperou toda a quantia gasta com a instalação. “Decidi colocar, principalmente, pelo custo-benefício favorável. Vi uma redução significativa em minha conta de luz, além de um impacto ambiental menor”.
Ele acrescenta que se trata de um sistema que demanda pouca manutenção. “O único problema que eu tive até hoje foi com o inversor, mas foi resolvido em garantia pelo fornecedor. O sistema solar possibilitou que todas as contas de energia vinculadas ao meu CPF fossem compensadas pela geração de uma única usina”.
Cemig Sim
Uma alternativa para os mineiros que queiram aderir ao sistema é a Cemig SIM, do grupo Cemig. A empresa foi criada em 2019 com o objetivo de oferecer soluções inteligentes e ecológicas para o uso eficiente de recursos energéticos. “Atuamos no mercado de geração distribuída, democratizando e incentivando o uso da energia solar com valores mais atrativos que os praticados pelo mercado de energia convencional”, afirma do diretor comercial do Cemig SIM, Cássio Ferreira.
Anualmente, a Cemig SIM gera 108.000 watt-hora/ano. Estima- -se que, desde seu lançamento, já tenha evitado 6.600 toneladas de CO2 por ano. Somente no ano passado houve uma economia de R$ 8 milhões para comércio e indústria. A expectativa é de que em 2021 a economia seja de R$ 25 milhões.
Ferreira acrescenta que, em tempos de crise hídrica, apostar em fontes alternativas a hidrelétricas se torna ainda mais importante. “Em Minas, a opção tem sido investir no crescimento de energia fotovoltaica, que é limpa renovável e pode beneficiar pessoas sem a necessidade de investimentos e obras”.
No caso da Cemig SIM, a energia é gerada remotamente nas comunidades solares da empresa, que ficam localizadas em áreas com radiação solar mais favorável, no Norte e Noroeste de Minas Gerais. “O cliente aluga partes dessas usinas sem nenhum custo e recebe, por meio da rede da distribuidora, energia com descontos que chegam até 18%. Os interessados podem aderir ao modelo de forma totalmente digital no site www.cemigsim.com.br”, finaliza.