Como tem sido noticiado pela imprensa, a sucessão mineira, mesmo a contragosto de muitos, é pauta nos bastidores da política estadual. E ao que tudo indica, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não gostou da última pesquisa realizada pelo Instituto AtlasIntel. De acordo com análise divulgada, semana passada, o chefe do Executivo está com 35,5% de popularidade, seguido pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), com 32,9% no que se refere ao pleito para governador em 2022.
A estratégia do grupo do governador, se é que existe alguma tática política por parte dele, é evitar comentar esse assunto, justamente porque almeja organizar alguns benefícios para a população antes da eleição. O fato é que, até agora, com 2 anos e meio de governo, a administração estadual não inaugurou nenhuma obra expressiva. É como se as autoridades mineiras estivessem atuando apenas para amenizar os problemas que envolvem a máquina e a burocracia estatal.
Acrescenta-se a isso, a dificuldade do mandatário mineiro em se relacionar com o mundo político, inclusive no que diz respeito aos parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Recentemente, os comentários nos bastidores da Casa davam a entender que Zema continua se esquivando em aparecer ao lado de deputados. “Sendo assim, como é que ele vai conseguir buscar apoio político-partidário”, questiona-se um deputado do PT que preferiu manter o anonimato.
Kalil lidera no 2º turno
A irritação do comandante da Cidade Administrativa foi ainda maior quando ele tomou conhecimento dos números da pesquisa em relação ao segundo turno. É verdade que a diferença segue em uma linha tênue, porém, neste cenário, Kalil passa à dianteira, segundo o AtlasIntel. O prefeito de BH ficaria com 41,4% contra 40,6% do governador mineiro, o que, naturalmente, configura empate técnico.
Segundo jornalistas da crônica política, a partir de julho, haverá um aumento na quantidade de sondagens eleitorais realizadas para traçar um panorama sobre o governo mineiro. O intuito é descobrir quem tem chances de vitória, tendo como pano de fundo a posição estratégica de Minas Gerais perante o macro colégio eleitoral brasileiro. Deste modo, fica evidente a preocupação das autoridades de Brasília em saber o que envolve o cotidiano dos rincões do estado.
A assessoria do prefeito não se manifestou publicamente em relação ao resultado da análise supracitada, no entanto, amigos de Kalil conseguiram captar a euforia, uma vez que esse apoio popular ocorre sem que ele não tenha dedicado tempo para os movimentos políticos, devido à sua entrega ao combate da COVID-19. “Kalil não fez nenhum gesto voltado a uma possível candidatura em 2022”, informa uma fonte próxima a ele.