Os petistas estão apostando em um resultado positivo neste segundo turno diante do fato de que o partido está na dianteira da disputa nos dois grandes colégios eleitorais de Minas: Contagem e Juiz de Fora. Nos demais municípios, os protagonistas são de outras siglas.
Relativamente a Uberaba, no Triângulo Mineiro, informações de bastidores indicam que o apoio aberto do governador Romeu Zema (Novo) foi fundamental para a candidata Elisa Araújo (Solidariedade). Ela começou essa peleja com baixíssimos índices de popularidade. Mas após o resultado do dia 15, conquistou a preferência de 36,25% dos eleitores, contra 24,09% do seu adversário para o segundo turno Tony Carlos (PTB), conforme resultado da apuração oficial. Elisa é diretora regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), e Tony Carlos é ex-deputado estadual. Situação atípica também aconteceu na eleição de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. O atual prefeito, André Merlo (PSDB), estava internado em São Paulo com COVID-19. Mesmo assim, chegou em primeiro lugar na preferência dos seus conterrâneos. Neste segundo turno, ele vai enfrentar seu adversário, o candidato Dr. Luciano (PSC).
Petistas em ação
A cúpula do Partido dos Trabalhadores em Minas passou os primeiros dias desta semana avaliando o cenário político no estado e, ao mesmo tempo, elaborando estratégias para fortalecer as suas candidatas neste segundo turno.
Os primeiros sinais positivos, de acordo com informações de bastidores, incidem sobre as chances de eleição da deputada federal petista Margarida Salomão em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Essa euforia tem como base a última pesquisa do Ibope, realizada um pouco antes do primeiro turno, na qual Margarida pontuou com 45%, caso houvesse o segundo turno, o que na prática está acontecendo agora. Já seu adversário, o empresário Wilson Rezato (PSB), conquistou um percentual de 38% naquela oportunidade.
Em Contagem, na Grande Belo Horizonte, o raciocínio desenvolvido diferencia um pouco da estrutura de Juiz de Fora. Afinal, as expectativas e projeções em geral indicavam a chance de a candidata petista Marília Campos ser eleita ainda no primeiro turno. E, como isso não aconteceu, ela terá que se desdobrar, buscando apoio e fazendo alianças com as quais não gostaria de fazer por conta do seu perfil ideológico, segundo comentam amigos.
Marília obteve uma confortável pontuação de 41,8% dos votos apurados, mas o crescimento do seu adversário, Felipe Saliba (DEM), com 18,44% foi surpresa para todos, inclusive, para os mais experientes atores que marcam presença política naquele município, como o deputado federal e presidente do MDB, Newton Cardoso Junior. Para ele, a situação de lá, por enquanto é de indecisão. Outros constatam que Marília tem uma boa avaliação junto ao eleitorado, especialmente pelo fato de muitos ainda se lembrarem dos 8 anos em que ela foi prefeita e com uma boa aceitação na época.