Diante de duras realidades, a arte sempre desponta com seu papel de refúgio e respiro. Após 8 meses de isolamento social devido à pandemia da COVID-19, a saudade de apreciar obras pôde ser vista nos jardins do Instituto Inhotim, museu a céu aberto em Brumadinho, município da região metropolitana de Belo Horizonte, em sua reabertura. Desde 18 de março, o local estava fechado ao público, mas seguindo um protocolo preparado por uma consultoria especializada em infectologia, o instituto está aberto a visitas.
“Ficamos muito satisfeitos com o primeiro final de semana de reabertura e percebemos o quanto as pessoas estavam precisando de um ambiente como o Inhotim neste momento de reclusão e distanciamento social. É muito bom voltar a proporcionar às pessoas o contato com a arte, a botânica e a natureza. Percebemos, mesmo com as máscaras, os visitantes com expressões de alívio e contemplação, com sensação de liberdade. Também nos chamou a atenção positivamente o fato de os visitantes seguirem as novas regras de proteção sanitária, um cuidado com eles mesmos e com os outros”, comemorou Antonio Grassi, diretor- -presidente do Inhotim.
Para Grassi, a arte e a natureza entrelaçadas no instituto podem contribuir para a saúde mental dos seus visitantes após quase 9 meses de pandemia. “A arte e cultura de uma forma geral têm representado um verdadeiro alento para o mundo inteiro nesta pandemia. Desde o início, temos observado artistas e produtores de conteúdo em geral se esforçando para proporcionar momentos de distração e reflexão para as pessoas em suas casas. Com o Inhotim não foi diferente, e aceleramos nos projetos virtuais para nos manter próximos do nosso público, mesmo distantes fisicamente”, acrescenta.
Segundo o diretor-presidente, apesar da visitação suspensa, funcionários das áreas de manutenção de galerias, de obras e dos jardins se revezam para manter as instalações. O instituto aproveitou também para fazer reparações técnicas e de conservação. “Funcionários das áreas administrativas continuaram os trabalhos em home office. Mas é claro que o contato com o público no Inhotim é único, e nosso propósito maior. A volta foi muito aguardada por todos, com certeza, e estamos felizes com esse retorno”, afirma.
O que muda nas visitas?
No novo modelo de funcionamento, o Inhotim funciona com 10% da capacidade habitual, passando para o máximo de 500 pessoas em circulação. Os ingressos precisam ser retirados on-line e com antecedência.
Até que a situação estabeleça patamares mais seguros, não serão permitidos grupos no formato de excursões, em vans ou ônibus de turismo. As visitas educativas serão feitas seguindo todas as medidas de segurança, como redução do número de integrantes, se antes participavam 20 pessoas, agora são permitidas apenas 5. O uso de máscara é obrigatório. Além disso, é recomendado que o visitante acesse o site do instituto para entender as exigências de circulação e capacidade nos pontos de alimentação, transporte interno e galerias.