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Procura por cursos on-line cresce durante período de isolamento social

Com as medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronovírus, as pessoas estão ficando mais tempo em casa e algumas estão aproveitando esse tempo para se qualificar com cursos on-line. Segundo dados da Kultivi, plataforma de ensino a distância, em média, 3 mil novos usuários têm se registrado por dia e, recentemente, o site atingiu 550 mil estudantes, sendo que contabilizou 140 mil novos alunos desde o início de março, quando a quarentena obrigatória ou voluntária passou a ser adotada no Brasil.

Seja pela flexibilidade ou por ter uma mensalidade mais em conta se comparada com a modalidade presencial, o fato é que o EAD (Ensino a Distância) vem ganhando cada vez mais adeptos. Prova disso é que, no final de 2018, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou um censo que avaliou o ensino superior no Brasil. Os dados revelaram que, naquele ano, pela primeira vez desde a regulamentação do EAD, as ofertas de vagas para cursos a distância superaram os da categoria presencial no país, reforçando o crescimento anual de 5% no número de matrículas nessa modalidade.

“Os atrativos do formato, como flexibilidade de horários, variedade de cursos e a possibilidade de estudar em casa, antes ganhavam adeptos pela facilidade e conforto. Agora, em tempos de distanciamento social, o EAD tem se tornado um dos principais aliados ao enfrentamento da pandemia, tanto no âmbito educacional, quanto como uma forma pessoal de tornar o período de reclusão mais proveitoso”, afirma Cláudio Matos, CEO da Kultivi.

Os cursos mais procurados são os de idiomas, especialmente inglês com 1 85 mil alunos somente na plataforma; seguido pelas aulas de preparação para o ENEM, concurso e OAB. “Com o oferecemos conteúdos de qualidade e de maneira gratuita, muitas pessoas estão nos procurando nesse tempo de crise. Faz muita diferença ter acesso a aulas que custariam mais de R$ 300 por mês sem pagar nada”.

Uma das pessoas que está aproveitando o período da quarentena para se qualificar é o programador Mateus Braz. Ele conta que já fez 3 cursos rápidos. “Como não posso sair, estou aproveitando as horas que iria gastar em um bar para estudar on-line. Eram conteúdos que sentia falta de conhecer, porém sempre arrumava alguma desculpa para não estudá-los”.

Futuro do EAD

Matos acredita que esse período de isolamento social será um divisor de águas para o EAD. “Todos os estudos iniciais apontam que entre as atividades econômicas que cresceram nesse período de pandemia, o ensino a distância é a que mais continuará crescendo, mesmo com final da crise”.

Apesar de ainda enfrentar certa resistência de algumas pessoas, o CEO diz que os alunos, ao se verem obrigados a usar as ferramentas on-line de estudos, vão notar os benefícios dessa modalidade de ensino. “Há instrumentos fantásticos para melhorar a aprendizagem e otimizar o tempo. Inevitavelmente, após esse período onde muita gente conheceu o EAD mais de perto, as ferramentas serão cada vez mais utilizadas”, finaliza.