A Copa América vencida pelo Brasil, no Maracanã, mostrou a força do futebol sul-americano em todos os sentidos. Aqui estiveram os grandes craques do nosso continente que atuam e brilham em outros países, principalmente na Europa.
Há uma diferença de valores monstruosa entre a realidade dos nossos clubes e a pujança financeira das grandes corporações do velho continente. Isso já deixou se ser há muito tempo apenas comparação de números, mas mostra a dura realidade entre as economias de lá e a desse lado do mundo.
De qualquer maneira, continuamos produzindo grandes craques e, se não fosse a pressa de vender as revelações para quitar dívidas urgentes, poderíamos ter nos nossos gramados mais brilho técnico e mais público. É lamentável a repetição irritante de dirigentes de ficar criticando tudo sem exceção.
Os argentinos que ainda pensam ter um mundo de craques além de Messi, cumpriram um triste papel. A seleção dos hermanos se classificou para a Copa da Rússia no apagar das luzes e veio para a Copa América no Brasil com um técnico interino e alguns jogadores medíocres.
Haverá uma nova Copa América em 2020, com novo modelo, disputada simultaneamente em junho na Argentina e na Colômbia, com repetição a cada 4 anos em rodizio de países. Tomara que dê certo. A nova diretoria de CBF está cheia de esperança de novos tempos depois do desastre da era Ricardo Teixeira/Marin.
O povo sul-americano continua apaixonado pelo futebol, e precisamos nos preparar para um futuro Mundial de Clubes, onde só vai jogar peixe grande. Temos história, clubes centenários e qualidade técnica. Se organizar, vamos dar trabalho. Se ficar como está, permaneceremos, por mais um longo tempo, no terceiro mundo da bola.