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Alex de Freitas presta esclarecimentos sobre investigação de aluguel de residência

Em entrevista coletiva, no 17 de julho, na Prefeitura de Contagem, o prefeito Alex de Freitas prestou os devidos esclarecimentos sobre a investigação aberta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após denúncia anônima de suposta irregularidade relacionada ao imóvel alugado pelo chefe do Executivo para morar com a família.

Alex entregou à imprensa documentos que comprovam a lisura do contrato de locação da moradia, que é de propriedade do atual secretário Municipal de Defesa Social, Décio Camargos. Acompanhado de todo o seu secretariado, o prefeito manifestou “profundo pesar” ao ser surpreendido pela operação desencadeada pela Polícia Civil, uma vez que nunca foi notificado para apresentar a documentação e tirar qualquer dúvida relacionada ao aluguel.

Ele também apresentou sua Declaração de Imposto de Renda deste ano e extratos bancários. “Estou antecipando que meus sigilos fiscal e bancário estão à disposição dos senhores e de quem mais queira. O valor da locação, de R$ 4,5 mil, é compatível com a minha renda, com o meu salário de prefeito e das retiradas que faço em uma empresa da qual sou sócio”, afirmou.

O prefeito rechaçou a informação de que desconhecia o valor do aluguel. “Foi dito que eu não soube responder qual é o valor do aluguel, e não foi isso que me foi perguntado. Se por um lado estou constrangido e chateado com a situação que tive que passar, por outro estou com a consciência tranquila de que nada tenho que esconder e nada foi encontrado na minha casa que comprove desvio de caráter ou mau uso dos recursos públicos”.

Ele ressaltou que caso tivesse sido convidado a dar esclarecimentos, a operação policial poderia ter sido evitada e os fatos não tomariam tamanha proporção. “Não recebi nenhum pedido anterior de esclarecimentos do que quer que fosse. Esse é um assunto que requentam na rotina política, mas do ponto de vista da investigação jamais fui convidado a dar qualquer depoimento e apresentar qualquer documento. Estou aborrecido com isso tudo, como naturalmente uma pessoa de bem estaria, porque nada disso seria necessário à medida em que todos os elementos que eu disponho, e que dispõe o proprietário do imóvel, são suficientemente satisfatórios para comprovar toda a legalidade do processo de locação”, declarou.

O prefeito esclareceu que nomeou um secretário particular como responsável pelo controle das suas despesas, incluindo o pagamento do aluguel residencial. “Estou com minha consciência tranquila. Depois de mais de 3h de busca na minha casa, nada encontraram que não fosse compatível com a minha renda ou perfeitamente aceitável na casa de um homem de bem com a renda que detenho”, afirmou.  Alex disse confiar na justiça e espera que a investigação seja concluída o mais rápido possível, para que seja provada sua idoneidade.

Ele contou que se mudou para atual residência, em um condomínio fechado, uma vez que sua casa anterior foi invadida e teve a fachada apedrejada após as eleições municipais de 2016. “Eu desejava que a minha família tivesse um pouco mais de segurança”. Para tal, após uma conversa trivial com Décio Camargos, reconhecido agente político e de família tradicional de Contagem, tomou conhecimento de que ele desejava adquirir um imóvel residencial para investimento. Após Camargos concluir a compra, Alex acertou a locação e paga mensalmente o valor acordado por meio de uma imobiliária. “Vivo lá com minha família desde 3 de janeiro de 2017. É meu endereço oficial. Pago aluguel, tenho um contrato de locação deste imóvel, tudo como prevê o Código Civil, com valores discriminados. Faço os pagamentos regularmente, que saem da minha conta corrente”, frisou.

O secretário afirmou ser o dono da casa e destacou ter lastro financeiro suficiente para adquirir o imóvel sem depender o seu salário de servidor público. Ele explicou que ainda não registrou a propriedade em seu nome em razão de ter finalizado recentemente as parcelas da compra da residência. Camargos negou ter feito qualquer tipo de pagamento em espécie à ex-dona da casa. Ele também explicou que sua evolução patrimonial se deve à herança que recebeu do pai. “São informações que poderiam ter sido obtidas pelos investigadores se requisitadas aos cartórios, sem a necessidade de uma operação de busca e apreensão”.