1 – Sinopse – Analiticamente, a matricial nasceu por volta de 1965, a par com uma tecnologia sofisticada, dentro de uma corrida de realizações cientificas. Os programas Apolo e Saturno da Nasa obrigaram o desenvolvimento de novas técnicas na área de gestão de projetos. O primeiro autor a delinear o modelo de estrutura matricial foi John Mee que realizou um estudo para a Divisão Aeroespacial da Universal Products Company, em 1964. Delbeque e Filley ampliaram a ideia de Mee em 1972, por meio de um novo sistema organizacional de projetos que foi utilizado no Programa do Satélite Meteorológico da Nasa. Nesse estudo, centralizaram o comando dos projetos, por meio de uma só unidade funcional: diretor de controle projetos. B. Shin realizou um estudo para a Universidade da Geórgia em 1974 relacionando a estrutura matricial ao setor mercadológico, com ênfase no planejamento. Jax Galbraith foi o primeiro a destacar a importância da estrutura matricial no planejamento estratégico, em 1979.
2 – O que é uma estrutura matricial? – É a forma intermediária entre uma estrutura por projetos e uma estrutura funcional, que tem a finalidade de estabelecer um sistema adaptável de procedimentos para atingir os objetivos, metas e resultados do projeto. É uma forma de organização que ao formar uma matriz (vertical / horizontal), não precisa ter grandes preocupações com a gestão de projeto. Esse conceito é aplicável em determinados tipos de instituições que, possuem características próprias, como os hospitais, faculdades, universidades, centro de pesquisas empresas de TI, etc. Leva-se em conta que, a sua aplicação em hospitais é algo de extraordinário, somada com a eficiência de um bom sistema informatizado de contabilidade de custos. Didaticamente, o médico é o gestor do paciente e, analogicamente, o paciente torna-se o projeto. Didaticamente, enseja-se para a respectiva gestão do hospital, a implementação de um eficaz controle do paciente/custos, em todas as suas variáveis.
3 – Estruturas funcional e por projetos – Na funcional, os técnicos, equipamentos, aparelhos científicos, etc ficam agrupados e subordinados ao gestor da unidade funcional, em linha vertical. Na por projetos, o corpo técnico é agrupado em linha horizontal nos mesmos. Cada equipe é subordinada a um gestor do projeto até o término. Após a conclusão, os técnicos voltam para a sua unidade na estrutura funcional. Assim, naturalmente, percebe-se que há um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento da estrutura por projetos em sua linha horizontal. Completando, a melhor solução foi combinar as duas formas de estruturas em uma única chamada: estrutura matricial. Didaticamente, conclui-se que a estrutura matricial resultou-se da superposição da estrutura por projetos à estrutura funcional.
4 – Como funciona – o gestor de projeto desde o início entra em contato com os gestores funcionais, solicitando-lhe os técnicos e recursos materiais para o seu projeto. Os técnicos ficam, temporariamente, alocados nos mesmos e se reportam ao mesmo gestor de projeto, mas mantém uma subordinação ao gestor funcional. Após o término de suas atividades, eles voltam para a unidade funcional, alocando-se em outras atividades. Por outro lado, durante o seu trabalho no projeto, se tiver tempo ocioso, caberá ao seu gestor funcional decidir como aproveitá-lo, sendo que frequentemente, os técnicos que operam em estruturas matriciais, trabalham em mais de um projeto. O gestor funcional decide quem será alocado nos projetos e, ainda, cuida do desenvolvimento técnico da equipe, pela memória técnica da empresa e demais atividades afins.
5 – Conclusões – O sucesso da estrutura matricial depende de um bom treinamento, sendo necessário também que os técnicos devam estudar meticulosamente o seu funcionamento para que tenham conhecimentos mínimos sobre o assunto.