O cenário do cooperativismo está em expansão no país. De acordo com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB), nosso país já conta com 6.655 instituições cooperativas que atuam em 13 diferentes ramos econômicos e reúnem 13,2 milhões de associados, além de gerar 376,7 mil empregos. A região Sudeste concentra mais de 50% das cooperativas de crédito do país, sendo que Minas Gerais representa 11,6% desse número, com 774 cooperativas registradas no Sistema Ocemg. Com uma participação anual de 7,3% no PIB mineiro, o setor, que agrega 1373.173 associados e 36.128 empregados, é responsável por uma movimentação anual de R$ 38,3 bilhões.
Tendo como diferencial um atendimento mais personalizado, baixo valor nas taxas e rentabilidade ao cooperado, o segmento é considerado promissor. No estado, o Sicoob Divicred é um exemplo. Atualmente, com 11 agências, a cooperativa emprega 180 funcionários e possui um ativo de R$ 360 milhões.
Segundo o presidente da cooperativa, Urias Geraldo de Sousa, o crescimento das cooperativas tem sido de 20% ao ano devido à facilidade do serviço prestado. “A cooperativa é nossa, a rentabilidade anual é dividida aos nossos cooperados. Somos uma família, o cliente não é só mais um, ele é o dono e isso promove essa expansão”.
Ele informa que o público é variado. “É semelhante a bancos comuns, atendemos a empresários, comerciantes, indústria, pessoas físicas e jurídicas”.
A cooperativa está no mercado a pouco tempo, o que para o presidente é uma certeza maior de crescimento. “Os bancos tem décadas na frente e nosso sistema vem de uns 30 anos pra cá. Ou seja, ainda temos muito a crescer, contudo, o que conquistamos é significativo”.
Vantagens
O gerente comercial do Sicoob Divicred, José Ângelo Souza, explica as vantagens de ser um cooperado. “O banco comum é um comércio, nós, como cooperativa, fomentamos os negócios e a indústria. Tudo isso com taxas mais baixa”.
Segundo ele, todos os produtos bancários existentes no mercado são oferecidos pela instituição. “Só que com mais vantagens porque as cooperativas não tem fins lucrativos. Mesmo assim, quando se encerra o balanço anual do sistema, os bancos falam de lucro e, nós, de sobra. Tudo é dividido e distribuído com os cooperados em dinheiro”.
Para uma empresa, os benefícios são ainda melhores. “Tem banco que cobra para fazer determinados serviços e não estão errados por isso. Mas, aqui, nós bonificamos os cooperados que usam nosso sistema para fazer o pagamento do seu empreendimento”.
Além disso, nosso sistema trabalha com qualquer pessoa. “Ela só tem a ganhar. A base de negócios entre uma cooperativa e outra é semelhante, mas, de um modo geral, para ser um cooperado é preciso adquirir uma cota e, quando quiser sair, a retira cheia e sem descontos”.
Com o olho no futuro, Urias espera crescimento para 2019. “Temos nossa Central que nos dá um apoio grande. Inauguramos no mês passado uma agência que tem um modelo novo e é muito funcional. Deste modo, vamos fazendo um bom trabalho e buscando espaço”.