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O que esperar do Atlético Mineiro e do Cruzeiro para a temporada de 2019?

Os amantes do futebol podem respirar aliviados: a bola vai voltar a rolar. O retorno dos campeonatos estaduais marca o início da temporada 2019 e os times foram, de certa forma, renovados para as competições. Enquanto no Cruzeiro, o ídolo Arrascaeta se desligou do time de maneira polêmica, no Atlético Mineiro, Réver, retornou fazendo a torcida alvinegra se recordar da conquista da Libertadores, em 2013. Com os times prontos para entrar em campo, o que será que podemos esperar da Raposa e do Galo para este ano?

Ao analisar o Atlético, o coordenador de esportes da Rádio Super Leandro Cabido acredita que as lesões de alguns jogadores prejudicaram o time na temporada passada. “Isso trouxe problemas em rodar e recompor a equipe. Hoje, os clubes escolhem os campeonatos que vão competir, o Galo optou por jogar com o time júnior na Copa Sul-Americana e acabou sendo eliminado quando poderia ter avançado na competição. Além disso, foi eliminado pela Chapecoense nos pênaltis na Copa do Brasil”.

No Brasileirão, o time também deixou a desejar. “Até a Copa do Mundo, o Atlético era o segundo colocado e o cenário mudou logo após. O ano de 2018 foi de muita instabilidade para o time alvinegro”.
Em 2019, segundo Cabido, o time vem mais equilibrado. “Diferente do ano passado, fizeram contratações que agradaram mais. Nós sempre batemos na tecla sobre o sistema defensivo do Galo, que é frágil. Em compensação, o time apresentava um ataque que marcava muitos gols, mas esse desequilíbrio levou a derrota algumas vezes”.

As contratações foram favoráveis. “Igor Rabello é um bom nome, é jovem e pode agregar muito. O Réver que foi o capitão do time na Libertadores, além de alguns volantes que podem ajudar em uma defensiva melhor, equilibrando o time para o técnico Levi Cupi nesta temporada”.

Ele lembra que o ano começa quente para o Galo. “O Campeonato Mineiro já começou e a Libertadores é logo em fevereiro, os jogos decisivos do Atlético estão para começar. Contudo, o time não é favorito a nada, vai correr por fora, mas é o que esperávamos de um time que está se recuperando financeiramente”.
Já o Cruzeiro, na percepção de Cabido, tem um time mais vantajoso. “Foi bicampeão da Copa do Brasil ganhando os jogos que precisava. Isso é bom, mas o clube celeste não tem um elenco tão grande e isso faz com que não consiga ir bem no Campeonato Brasileiro”.

A atuação da Raposa deve ser semelhante a do ano passado. “Focar na Copa do Brasil e Libertadores, pois são campeonatos que disputará de igual para igual. É difícil falar do Campeonato Brasileiro, porque é uma competição baseada no elenco, quem varia, tem mais vantagem. O Cruzeiro tem um time reserva bom, mas não a ponto de chegar a vencer equipes como a do Palmeiras e Flamengo que têm, praticamente, dois times”.

A saída de Arrascaeta não terá tanto impacto. “O time já está acostumado a jogar sem ele, isso já aconteceu antes. A equipe está forte, boa e tem a cara e o jeito do treinador, Mano Menezes. Ele pensa mais na defesa do que no ataque e é por isso que consegue ganhar. Isso facilita para um trabalho consistente”.

O Cruzeiro, na opinião do coordenador de esportes, vai dar trabalho, contudo, está um patamar abaixo do ano passado.

Torcida
A gestora de qualidade Luciana Honorato é louca pelo Galo e acompanhou as contratações. “Ainda não estou 100% convencida, visto que estamos em várias competições, acho que falta um nome de peso. Contudo, gostei dos que chegaram para agregar”.

No ano passado, a atuação do clube não agradou. “Assisti a todos os jogos, mas não rendeu. O elenco não foi bom, fiquei um pouco decepcionada”.

Mesmo assim, ela está positiva neste ano. “Espero que o time vença o Campeonato Mineiro e a Libertadores ou Copa do Brasil. O grito de campeão está preso na garganta, moro ao lado do Independência e já estou com saudades de ouvir a torcida”.

Já o gerente de atendimento Humberto Rodrigues acredita no potencial das contratações. “Réver tem respaldo da torcida e deve formar zaga com o Igor Rabelo, que teve bom destaque no ano passado. O jovem Guga também teve boa atuação, porém disputar a Libertadores em um time grande será um desafio. O meia Vinícius tem técnica, o atacante Papagaio, que era do Palmeiras, tem um futuro promissor. Maicon Bolt, que passou 8 anos na Rússia e depois Turquia, é visto como um atacante veloz e agudo. Acredito que a equipe formada será boa”.

A expectativa para a temporada está grande. “Imagino que ficaremos entre os 6 para a disputa ao título do Brasileiro. Para mim, temos grandes chances de levar a Copa do Brasil ou Libertadores”.
Já o funcionário público Hebert Gomes terminou 2018 mais que satisfeito com o Cruzeiro. “A atuação foi muito boa, tanto que ganhamos o Mineiro e a Copa do Brasil”.

Para ele, as contratações estão dentro do esperado. “A base do time foi mantida, de peso, só tivemos a saída do Arrascaeta, mas se lembrarmos bem, ele ficou de fora de vários jogos. O time está forte e a contratação do Rodriguinho acrescentou muito ao time”.

Ele espera, para 2019, comemorar mais títulos. “Manter a tradição e levantar vários troféus. Acho que o foco é a Copa do Brasil, que dá mais grana e a Libertadores que traz mais prestígio”.
Já para a mestranda Natália Neme, apesar da classificação em 8° do Brasileiro, o Cruzeiro fez 2018 valer a pena. “Ser hexa na Copa do Brasil e único time bicampeão é uma sensação única”.
Inicialmente, ela não queria que Arrascaeta saísse, mas ficou decepcionada com a polêmica de sua transferência ao Flamengo. “Ele pisou na bola e desrespeitou totalmente o Cruzeiro, por isso, acabei gostando dele não ter renovado”.

Para este ano, sonha com a Libertadores e o Mundial. “Quando o Cruzeiro ganhou a última Libertadores, eu tinha 5 anos, quero muito vivenciar isso, já está na hora de levar essa taça”.