Madonna, Britney Spears e Anitta são adeptas da dança stiletto, mas quem popularizou a modalidade foi Beyoncé após o clipe Single Ladies, lançado em 2009.
A dança é diferenciada por ser em cima do salto alto que, segundo o professor Pablo Pierrôt, geralmente, são bem finos. Por isso esse nome. “Nessa performance, a pessoa aprende a ter uma atitude que reflete diariamente em sua autoestima”.
A modalidade é uma mistura de ritmos. “Jazz, funk, street dance e femme style. Ela teve início por volta dos anos 80, na Broadway, com os musicais e as divas pops na época. Madonna mesmo foi uma que, por apoiar a comunidade LGBTQI+, sempre colocou homens de salto no palco e nos clipes”.
O professor dá uma dica para quem deseja começar: sinta-se confortável. “Muitas pessoas se sentem intimidadas nas primeiras aulas por causa do carão, atitude e movimentos. Mas o segredo é relaxar e não se cobrar tanto. Existem muitos professores bons espalhados por aí que vão fazer a pessoa chegar onde quer e despertar a diva que há em cada uma”.
A modalidade fez muito bem para a autoestima da arquiteta Jéssica Chamma. Ela pratica dança de salão há 10 anos, mas há 5 decidiu se arriscar no stiletto. “Ela trabalha a expressão e nos ajuda a entender que podemos fazer as coisas. Isso é empoderador, principalmente para a mulher, porque acaba trazendo a ideia do feminino devido ao salto, além do equilíbrio e consciência corporal”.
Para além disso, Jéssica faz parte de um grupo de meninas plus size. “A força que que essa dança nos dá é enorme. Todo mundo acha que gordo não se exercita e não podemos fazer certas coisas. E a gente mostra que conseguimos fazer o que quisermos”.
Quem pode praticar
Pierrôt indica que a dança seja praticada a partir dos 15 anos. “Existem movimentos mais sexys que as pessoas mais novas podem não entender ou se sentirem desconfortáveis ao fazer, mas dessa idade em diante não há limites. Aliás, homens que se sentirem bem e confiantes também serão bem-vindos”.
E quem não é muito fã de salto alto pode fazer as primeiras aulas de tênis. “Eu tenho uma aluna que comprou o salto para as aulas. A gente faz aquecimento, alongamento e ensinamos a andar da forma certa para não se machucar”.
A aula, claro, é uma boa prática para quem deseja sair do sedentarismo. “A gente mexe bastante o corpo e ainda sai arrasando no salto. Pesquisas indicam que o aluno perde até 500 kcal por aula. Fora isso, ainda se diverte, melhora sua autoestima e qualidade de vida”, conclui.