Uma semana após a realização das convenções, os principais candidatos ao Senado em Minas Gerais entraram em cena para promover atos de campanha. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) esteve numa reunião em Montes Claros, um dos grandes colégios eleitorais do estado. A região, por meio dos prefeitos, está mobilizada em favor da candidatura a governador, porém, os nomes para a Casa Alta do Congresso Nacional, ainda não empolga o eleitorado dos municípios mineiros.
Já o ex-presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (Solidariedade) vem promovendo uma verdadeira maratona. Ele tem comparecido a encontros de lideranças, eventos esportivos etc, tanto na região metropolitana como em locais mais distantes da capital. E, na maioria das vezes, ele está acompanhado do candidato a governador Antonio Anastasia (PSDB).
A grande incógnita no meio político fica por conta do candidato do Democratas, Rodrigo Pacheco. Depois de ser lançado à disputa ao Palácio da Liberdade, ele agora faz parte do grupo preferido de Anastasia para buscar uma eleição ao Senado. No entanto, no rastro de sua decisão, ficaram algumas fissuras. Se, até então, ele contava com apoio do Avante e Partido Progressista, agora têm ferrenhos opositores ao seu novo projeto. Um dos líderes do PP, deputado federal Luiz Fernando Faria, anda destilando veneno contra Pacheco, a quem considera um político sem densidade.
No Triângulo Mineiro, a situação de Pacheco também não é das mais confortáveis, depois que ele costurou apoio com a primeira-dama de Uberlândia, Ana Paula Junqueira. A intenção é que ela fosse vice-governadora em sua chapa, porém, todo o projeto veio a abaixo e, agora, a presença do representante do Democratas por lá, com a finalidade de solicitar votos ao Senado, pode ser uma temeridade. É o que dizem os políticos da região.
Entres os denominados nomes com chances para o Senado figura o jornalista Carlos Viana. Filiado ao PHS, ele fez uma estreia triunfal no mundo político, com direito a badalação pela imprensa e tudo mais. Contudo, sua situação, neste momento, não é tão favorável. O seu partido está na coligação do candidato a governador Antonio Anastasia e o tucano, semana passada, se viu obrigado a assumir, publicamente, aliança aos nomes de Pacheco e Dinis.
A situação chegou a ponto do próprio Viana declarar que seria um candidato independente. Jornalista, por certo, ele não tinha experiência de participar de uma campanha majoritária, na qual o jogo começa a ser jogado em Brasília, principalmente, por conta dos interesses nacionais das siglas partidárias. Então, os entendimentos regionais precisam obedecer os ditames da capital do Brasil e, neste caso, termina deixando de lado alguns acordos estabelecidos no início da campanha.