O eleitor da Região Metropolitana de Belo Horizonte tem sido cada vez mais exigente e, por conta desta realidade, os pré-candidatos ao governo de Minas procuram o interior com a finalidade de levar suas mensagens e não ficarem parados, esperando a campanha de rádio e televisão que, este ano, será realmente bem curta: apenas cinco semanas.
Neste mês de junho, alguns dos postulantes ao Palácio da Liberdade já iniciaram incursão pelo Triângulo Mineiro, o segundo colégio eleitoral do estado. Porém, de acordo com o cientista político Malco Camargo, os dois maiores partidos, PT e PSDB, são rejeitados na região.
Ele afirma que, alavancado pelo agronegócio e de olho no desenvolvimento dos estados vizinhos, o eleitorado do Triângulo Mineiro espera por muito mais ações deste e de outros governos estaduais. “Tanto o PT quanto o PSDB têm dificuldades de penetração na região. Essa questão fica tão latente que Anastasia (PSDB) e Rodrigo Pacheco (DEM) buscam lideranças regionais para ocupar o cargo de candidato à vice-governador”.
Diante disso, o tucano convidou formalmente o produtor rural e deputado federal Marcos Montes para o posto. Trata-se de um político que tem como base Uberaba, um dos grandes contingentes das imediações.
Ainda sem muita convicção no seu próprio futuro político, Pacheco também circulou na região. Ele esteve em Uberlândia e visitou a primeira-dama do município, Ana Paula Junqueira, a quem insinuou convite para formar chapa com ele. Foi uma maneira de agradar ao prefeito Odelmo Leão (PP), conhecido por ser um político que nunca perdeu um mandato.
No que diz respeito ao pleito de 2018, a maior briga fica no âmbito do MDB. Semana passada, os deputados federais do partido resolveram esticar a corda. Eles assinaram um manifesto concedendo um prazo para que o presidente da sigla, Antônio Andrade, resolva a questão até o dia 15 de julho. Ou seja, se for caminhar com candidatura própria, quem vai ser o nome preferido. E mais, querem alinhavar a lista de candidatos a deputados, especialmente os estaduais. Aliás, para os atuais parlamentares da Assembleia, o ideal seria uma aliança com o PT, pois facilitaria a reeleição de muitos deles. O vice-governador e presidente Antônio Andrade é defensor de um nome próprio para a disputa deste ano, mesma tese adotada pelo presidente da ALMG, Adalclever Lopes.
Mas segundo especialistas, o MDB estava e continua dividido sobre o assunto. Sendo assim, até daqui uns 15 dias nada sobre o tema será resolvido. Provavelmente somente depois será batido o martelo na convenção, ou seja, aos 45 minutos do segundo tempo.