A matemática continua jogando contra o MDB mineiro. Na avaliação de alguns membros do partido, a propalada candidatura própria por intermédio do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes ou mediante a utilização do nome do vice-governador Antônio Andrade, na eleição ao Governo de Minas, não está totalmente certa.
“Este assunto só vai ser resolvido 10 dias antes da convenção do partido realizada entre o dia 20 de julho e 5 de agosto. Até lá, serão produzido apenas cenas para efeito de se manter na tela e redes sociais”, garante um parlamentar emdebista.
A primeira opção da sigla, até o início deste ano, era o deputado Rodrigo Pacheco. Ele foi candidato a prefeito da capital há 2 anos e conquistou um bom resultado no pleito. Porém, de acordo com comentários de bastidores, o parlamentar não acreditava no apoio partidário para disputar o Governo de Minas. Outro nome de destaque para ser um representante seria o empresário Josué Alencar. No entanto, antes de ser preso, o ex-presidente Lula (PT) o convenceu a abandonar o MBD e filiar-se ao Partido da República (PR). Aliás, hoje, o empresário é uma espécie de curinga, especialmente atuando junto ao grupo político do governador Fernando Pimentel (PT).
Tecnicamente houve um erro dos membros do MBD mineiro, é o que avaliam alguns políticos experientes. Os ditos dirigentes até o dia 7 de abril, prazo final de filiações partidárias, não conquistaram nomes novos e competitivos para disputar as vagas tanto na Assembleia Legislativa como na própria Câmara Federal. Agora, não tem como fazer uma chapa mais completa visando a eleição proporcional. Então, por conta disso, é que existe uma forte pressão, principalmente dos atuais parlamentares com intuito de ter uma coligação com siglas fortes. Fora de aliança, a bancada estadual, atualmente de 13 membros, poderá sofrer um revés imenso, diminuindo para 5 a 6 participantes. Já com relação à bancada federal, a previsão indica que poderá desce para três, dos seis existentes.
Enquanto o partido não define claramente qual o seu futuro, as demais candidaturas ao Palácio da Liberdade já estão abertamente colocadas em praças públicas, especialmente a do senador Antonio Anastasia (PSDB) e a de Pimentel. No que diz respeito aos nomes de Pacheco (DEM), Dinis Pinheiro (Solidariedade) e de Marcio Lacerda, (PSB), a situação ainda não é tão definida. Há a possibilidade de Lacerda ser convidado a compor chapa na qualidade de vice-presidente do presidenciável Ciro Gomes (PDT). Dinis, segundo fontes próximas, está conversando e, em determinado momento, pode anunciar apoio ao Pacheco ou vice-versa. Vale dizer que um deles irá para o Senado e o outro disputaria o Governo de Minas.
Além disso, existem os nomes de pré-candidatos não muito competitivos no momento, como o empresário Romeu Zema (Partido Novo) e o professor João Batista dos Mares Guias (Rede), ambos, como se percebe, de ramificações ideológica bem diferenciadas.