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34% dos belo-horizontinos compram por impulso

“Quando eu vejo uma blusinha na promoção, não resisto”, essa é a fala da pregoeira Gabriela Oliveira, assumidamente uma consumidora por impulso. Ela faz parte dos 34,4% dos belo-horizontinos que compram sem pensar, segundo dados da Pesquisa de Orçamento Doméstico, elaborada pela Fecomércio MG.

A analista da entidade Elisa Castro afirma que esse hábito tem aumentado nos últimos 2 anos, principalmente devido às estratégias que o comércio emprega para atrair mais consumidores. “Nesse período de incerteza, uma das maneiras do lojista chamar a atenção é fazendo promoções, uma vitrine atrativa e atendimento diferenciado. Quando um vendedor é bom, entra-se na loja querendo comprar um produto, mas acaba saindo do local com várias outras coisas e que, na maioria das vezes, a pessoa não precisa e não era aquilo que a fez entrar”.

Elisa reitera que não há problema em aproveitar promoções – elas, inclusive, auxiliam na realização do desejo pessoal -. “As pessoas associam as liquidações à compras por impulso, o que muitas vezes não é. Mas é sempre bom lembrar que só devemos adquirir algo que caiba no orçamento, independentemente se estão com desconto ou não”.

Gabriela conta que, apesar de muitas vezes comprar por impulso, nunca ficou endividada. “Sou uma pessoa responsável. Além disso, com muito aperto, consigo juntar 25% do meu salário todos os meses”.

Planejamento financeiro

O estudo apontou também que o percentual de pessoas que fazem planejamento financeiro subiu de 68,5%, em junho de 2017, para 69,6%, em dezembro. Porém apenas 25,8% conseguem seguir rigorosamente o que foi proposto.

A analista da Fecomércio MG afirma que esses dados tem a ver com a falta de educação financeira. “As pessoas confundem o que é planejamento financeiro. Quando se elabora algo desse tipo, deve-se listar a receita, as despesas e, após isso, direcionar quanto que vai para cada item. Quando quase 70% dos consumidores afirmam que realizam o planejamento financeiro, temos um grupo que somente lista as despesas e acreditam que isso é o correto”.

A gerente de marketing Lorena Borges conta que era uma consumidora impulsiva, porém depois que se viu diante de uma fatura de cartão de crédito na qual não conseguiu quitar, teve que mudar os hábitos. “Costumava comprar livros, DVDs, sapatos e, principalmente, roupa”.

Lorena relata que mudou a sua forma de consumir: atualmente, ela prefere comprar peças mais caras, mas que durem mais, do que aquelas baratas e que estragam rapidamente. “As palavras de ordem são consumo consciente. Percebi que tinha muita coisa com etiqueta ainda, que não usei e nem nunca ia usar. Comecei a vender o que tinha em excesso, principalmente peças de vestuário. Agora, para comprar uma nova tenho que vender pelo menos duas das minhas”.


6 dicas para fazer um planejamento financeiro pessoal:

  1. Entenda como funcionam suas finanças pessoais;
  2. Defina seus objetivos financeiros;
  3. Anote suas receitas e despesas;
  4. Compare preços antes de comprar;
  5. Comece a poupar dinheiro;
  6. Aprenda a investir dinheiro.

Fonte: Site Guia Bolso


Faça o teste e veja se você é um consumidor compulsivo:

  1. Você se preocupa excessivamente com compras? ( ) Sim ( ) Não
  2. Frequentemente, perde o controle e compra mais do que deveria ou poderia? ( ) Sim ( ) Não
  3. Há um aumento progressivo do seu volume de compras e nas suas despesas? ( ) Sim ( ) Não
  4. Você já tentou e não conseguiu diminuir ou controlar suas compras? ( ) Sim ( ) Não
  5. Faz compras para tentar aliviar a angústia, tristeza e outros sintomas negativos? ( ) Sim ( ) Não
  6. Você mente sobre o que comprou e a quantidade que gastou? ( ) Sim ( ) Não
  7. Você tem ou teve prejuízos sociais, profissionais ou familiares por causa do hábito de comprar? ( ) Sim ( ) Não
  8. Suas compras causam ou causaram prejuízos financeiros? ( ) Sim ( ) Não
  9. Você já roubou, falsificou, emitiu cheque sem fundos ou cometeu outros atos ilegais para comprar ou pagar dívidas? ( ) Sim ( ) Não

 

RESULTADO: Cinco ou mais respostas positivas podem indicar compulsão por compras.

Fonte: Viviane Fukugawa, coordenadora do setor de Dependências Químicas e Comportamentais da Santa Casa da Misericórdia do Rio.