Para quem está com déficit no orçamento familiar, a chegada do 13º salário pode ser uma alternativa para colocar as contas em dia e encarar 2018 sem preocupações financeiras. O Dieese estima que até dezembro R$ 200 bilhões deverão ser injetados na economia brasileira com o pagamento do benefício. O montante representa aproximadamente 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Cerca de 83,3 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento extra de, em média, R$ 2.251.
A pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG) apontou que liderando a lista de funções do dinheiro extra está a quitação de contas, com 25%. Em segundo lugar, aparece a opção poupar para outros fins (23,15%), seguido de compras de Natal (12,04%), pagar impostos (11,11%) e viajar (8,33%).
O levantamento também indicou que a confiança do consumidor belo-horizontino cresceu devido a chegada desse montante. Neste ano, 51,43% dos entrevistados disseram que tem direito ao recebimento do 13º ou gratificação similar, aumento de 0,95% em relação ao ano passado.
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Fonte: Sebrae
Para a assistente administrativa Daniela Almeida, a quantia proveniente do 13° será mais que bem-vinda. A empresa em que trabalha divide o valor em duas parcelas para seus funcionários e ela conta que pretende tirar carteira. “Minha pauta vence em fevereiro e estava ansiosa para a chegada desse valor para concluir”. Daniela diz ainda que precisa fazer uma reforma em casa.
Retomada do consumo
A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Fecomércio MG, mostra que após 5 meses o índice voltou a subir, atingindo 73,3 pontos. Mesmo abaixo do nível de satisfação (100), esse dado indica uma melhora substancial na confiança do belo-horizontino em relação ao cenário econômico e a pretensão de compras nos próximos meses, pois a perspectiva de consumo – um dos 7 índices avaliados na pesquisa – subiu para 70,3 pontos, ou seja, 7,9 pontos a mais que no mês anterior.
A analista de pesquisa da Fecomércio MG, Elisa Castro explica que esse avanço nos índices e a perspectiva de melhora para estes dois últimos meses do ano são devido a vários incrementos. “Temos duas datas comemorativas: Black Friday e o Natal. Além disso, há o acréscimo na renda familiar, proveniente do 13° e do adiantamento do PIS, que trouxeram sinais de melhora para o ICF”.
Ela diz que os indicadores da economia, como a inflação controlada e as taxas de juros em redução fazem com as famílias acabem consumindo mais. “Na análise do ano, tivemos altas e baixas com o ICF, um dos motivos do seu recuo foi o cenário político no primeiro semestre, agora em outubro houve uma retomada por meio da melhora de emprego, índices econômicos e a proximidade com o final de ano”.