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Mercado freelancer tem crescimento de 181%

Bater ponto às 8h, sair para almoçar 12h, voltar às 13h e ir para casa às 18h. Essa é a rotina de milhares de brasileiros em seus respectivos empregos. Mas, uma parcela da população prefere não cumprir horário e ganhar a vida trabalhando de maneira mais informal. Prova disso é que o mercado freelancer cresceu 181% em 2016, segundo o Relatório de Trabalho Independente e Empreendimento realizado pela Workana.

A consultora empresarial e professora na área de Gestão do Centro Universitário Estácio, Daniela Campos, atribui esse crescimento à flexibilidade. “A pessoa passa a ter uma qualidade de vida melhor, pois ela trabalha em casa e pode montar seu horário. É uma fuga da rigidez do mundo corporativo e isso traz uma gama de oportunidades”.

A web designer Sara Silva sentiu essa diferença entre o mercado formal e o informal. “Quando comecei a trabalhar de maneira freelancer ainda estava no ensino médio e permaneci assim depois de ter concluído os estudos. Passado um tempo, comecei a trabalhar em uma agência, tentei conciliar os dois, mas, era muito cansativo. Além disso, eu não me adaptei a empresa e nem a rotina. Então, decidi sair”.

Sara recorda que sua maior dificuldade, no início, era dar preço a seus serviços e se acostumar a instabilidade financeira. “Eu ainda estava aprendendo e não conhecia direito o mercado, mas corri atrás para entendê-lo. Minha média de lucro é de R$ 3 mil por mês, mas, às vezes, acontece de não surgir nenhum cliente e não receber nada. Por isso, tive que aprender a me organizar e a guardar dinheiro”.

Para o professor de administração Igor Leon criar uma poupança é uma saída para a instabilidade financeira do mercado. “Tudo depende do trabalho que a pessoa faz, mas se sobrar uma quantia e ela puder fazer uma reserva, seria importante. Se não há uma renda fixa, é interessante pensar muito em sua forma de gastar. É necessário evitar prestações e planejamentos a longo prazo, porque pode ser que no mês seguinte, ela não tenha os valores para quitar sua dívida”.

Ele acrescenta que, na hora de cobrar os serviços, algumas coisas devem ser levadas em consideração. “É necessário uma pesquisa de mercado. A pessoa precisa avaliar as oportunidades que possui e seus pontos fortes e fracos. Além disso, é fundamental observar as dificuldades do mercado para se preparar para ele. Uma análise da concorrência também é bacana. Por fim, é interessante ter uma noção dos custos para fazer o serviço: fabricação, mão de obra etc”.

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