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Tempo seco aumenta o risco de queimadas

Temperaturas elevadas, baixa umidade do ar e clima abafado, comum nos meses de setembro e outubro são características do período seco

Esse ambiente é propenso para o aumento de queimadas e incêndios, principalmente nos parques de conservação do estado.

Apesar disso, o diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Eventos Críticos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rodrigo Bueno Belo, aponta que Minas Gerais vem mostrando um saldo positivo no que diz respeito ao problema. “Apesar de termos bastante focos de calor, que são detectados via satélite e das temperaturas elevadas, isso não tem correspondido em pontos de incêndio nas nossas unidades de conservação estaduais”.

Segundo Belo, em 2016 três incêndios mais significativos tiveram que ser controlados. “Houve uma grande queimada nas imediações do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, outra próximo ao condomínio Alphaville, na Zona Sul e recentemente foi extinto um foco nos arredores da Serra Nova”.

 

Motivos

O especialista aponta diversas situações que causam as queimadas. Belo informa que as mais comuns são: “Colocar fogo em lixo, pastagem ou vegetação à beira de rodovias e os incendiários que são aquelas pessoas que começam o fogo de propósito, buscando exclusivamente danificar as unidades de conservação”.

Ele diz que além dos motivos já mencionados, os foguetes também podem provocar queimadas. “A população tem o hábito de soltá-los para comemorar qualquer data festiva. Por exemplo, 12 de outubro é o Dia de Nossa Senhora Aparecida, data mais problemática para nós, pois os fiéis fazem alvorada e arrebentam bastante rojões e quando eles não queimam direito, as faíscas podem cair na vegetação e dar início a um incêndio. Na maioria das vezes, essas fagulhas caem em lugares de difícil acesso, o que acaba dificultando o nosso controle”.

Soluções

Belo revela algumas táticas utilizadas pelo governo para melhorar o quadro. “Fazemos ações que visam a prevenção do problema, como a criação do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio) e a Ação Comunitária Ambiental Previncêndio (ACAP). Nesses dois projetos trabalhamos atividades e recursos que previna e combata a queimada com a comunidade no entorno das unidades de conservação. Além disso, temos equipamentos práticos, como helicópteros, aviões especiais etc. E uma grande força-tarefa com os órgãos de segurança pública para que haja um controle mais eficiente”.

Ele destaca que a principal maneira de resolver o problema é conscientizando a população. “É preciso entender o perigo do fogo nessa época do ano. A vegetação fica seca, o que é normal, então qualquer manuseio deve ser feito com cuidado. Apenas a população tem o poder de mudar o paradigma do incêndio. O governo pode correr atrás, fazer prevenção, contratar aeronaves e gastar recursos, mas se a população não ajudar, de nada adianta todo o cuidado que temos tomado”.