Neste ano de dificuldades financeiras para os municípios mineiros, o assunto eleição está proibido, especialmente no âmbito das grandes cidades, onde os titulares lutam para assumir compromissos, que são muitos, diga-se de passagem.
Na região metropolitana de Belo Horizonte, apenas o prefeito da capital, Alexandre Kalil (PHS), se a eleição fosse hoje, teria chances de ser reconduzido ao cargo diante de sua popularidade atestada por pesquisas realizadas há 90 dias. Em Betim, não se sabe qual é o índice de aceitação do prefeito Vittorio Medioli, embora, recentemente, ele tenha decretado emergência financeira no município. Relativamente a Contagem, a grande imprensa desconhece qual é o projeto político do prefeito Alex de Freitas. Ele é questionado, especialmente, por conta de sua decisão logo no início do mandato em cobrar o IPTU, algo inédito por lá.
Semana passada, circulou nas redes sociais um vídeo, sem resposta oficial da prefeitura, informando que o prefeito fez inúmeras viagens internacionais nesses 2 anos, acompanhado de grandes comitivas e, naturalmente, com um elevado custo financeiro para os cofres da municipalidade.
Outros municípios
Em Uberlândia, a popularidade do prefeito Oldemo Leão (PP) já não é a mesma depois que sua esposa Ana Maria Junqueira foi derrotada como candidata a deputada federal. Esse fato pode abrir brecha aos demais postulantes em 2020. Um dos muitos nomes falados nos bastidores é o do deputado estadual Leonídio Bouças (MDB), reeleito para mais um mandato na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG).
Outras lideranças políticas de Uberlândia, como o deputado federal Weliton Prado (Pros) e o deputado estadual Luiz Humberto Carneiro (PSDB) não debatem o assunto publicamente. Carneiro por motivos óbvios: acaba de assumir a liderança do Governo na ALMG.
Na capital do Norte de Minas, Montes Claros, o prefeito Humberto Souto (PPS) estaria contando os dias para passar o bastão. Segundo informações, o veterano político caminha sem condições físicas de sequer imaginar mais uma disputa para comandar o município que, atualmente, tem eleição disputada em dois turnos devido ao tamanho do seu colégio eleitoral.
No quarto colégio eleitoral de Minas, Juiz de Fora, conhecida como a Manchester Mineira, a disputa eleitoral do próximo ano promete ser acirrada. Muitos são os nomes interessados no pleito, inclusive o conselheiro do Tribunal de Contas de Minas, Sebastião Helvécio. O atual prefeito, o tucano Antônio Almas, vem fazendo uma administração pautada em realizações diversas, além de serenidade no sentido de manter a demanda financeira regular. Por conta disso, ele nutre um bom relacionamento junto aos funcionários municipais, algo difícil para este momento de crise em que se encontram os cofres das prefeituras.