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Fred Couto defende construção do estádio próprio para o Galo

Dando continuidade as entrevistas com os candidatos à presidência dos clubes mineiros, o Edição do Brasil conversou com Fred Couto, empresário e engenheiro, que tentará ser o novo presidente do Atlético Mineiro.

Com o lema “queremos mais”, Couto defende que o atual elenco do Galo precisa de um técnico com mais experiência para gerenciar melhor as estrelas do clube. Além disso, ele acredita que, daqui a alguns anos, o Campeonato Brasileiro será igual às competições nacionais da Europa, com poucas equipes disputando o título. Por isso, em sua opinião, a construção do estádio seria um fator importante para colocar o Atlético entre esses times que irão concorrer para ser campeão.

Quais são suas principais propostas?
Essa já é a segunda vez que sou candidato à presidência do Atlético. Em um primeiro momento, fui vice da chapa de Sérgio Bias Fortes e, agora, quero ser presidente com a intenção de somar. Não podemos ficar endeusando as conquistas passadas – elas foram ótimas, mas já é passado -, e desejamos mais títulos. O futebol vive de conquistas.

Com os resultados ruins do time, o senhor, por ser da oposição do atual presidente, acha que tem mais possibilidade de ganhar?
Não quero nem falar em resultado ruim, porque isso me irrita! Meu pleito é porque quero fazer o melhor para o Atlético, agora se está satisfatório ou não é consequência da atual situação. A candidatura à presidência não é devido aos resultados deste ano, afinal estou formando uma base ao longo de anos.

O que o senhor pensa sobre o atual elenco?
Eu tenho uma preocupação grande com isso, porque uma equipe precisa de uma estrela no elenco e o treinador deve ter pulso para comandá-la. É assim em uma empresa: aqueles com pouca experiência precisam ir crescendo para trabalhar com os que tem mais bagagem. Como foi o caso de Ronaldinho com Bernard. O Bernard nasceu porque Ronaldinho tinha comando. Entretanto, quando os resultado não vem, é necessário ter um comandante para elevar a moral. No caso do Atlético, neste ano, os técnicos eram mais humildes do que as estrelas e isso me parece que não funciona.

Se o senhor fosse o presidente, quem seria o técnico?
Não posso falar isso, porque caso eu seja eleito, amanhã ele vai aumentar o preço (risos), mas gosto muito do trabalho do Levir Culpi.

Na sua opinião, o estádio próprio é um bom investimento?
O futebol brasileiro está mudando. Daqui a pouco, assim como na Europa, vamos ter apenas três ou quatro times brigando pelos títulos. E o estádio faz parte desse processo para tornar o Atlético uma dessas equipes.

Qual é sua análise sobre o sócio torcedor?
Para tudo na vida é preciso dá para receber e, atualmente, estamos dando muito pouco. Há conversas com a Ecatur e Porto Seguro para ver o que podemos oferecer a mais. Comprar pela internet é muito pouco.

O senhor pretende manter diálogo com as torcidas organizadas?
Eu sou favorável às torcidas organizadas, porém não quer dizer que gosto das atrocidades que se vê por aí. Nesses casos, quem faz isso são bandidos e deveriam estar presos. Inclusive, já fui presidente de torcida uma organizada quando era mais novo – a Gargalo 13 -, nós viajamos para o Brasil todo e sempre foi um lugar gostoso de frequentar. Além disso, acredito que Atlético pode ajudar as torcidas organizadas dentro de um critério: se o time tiver condição, podemos contribuir; do contrário, não.

Qual é sua avaliação sobre a gestão do Kalil e Daniel Nepomuceno?
Como toda administração, tem-se pontos positivos e negativos. Na primeira gestão do Kalil, os resultados não vieram e havia atrasos no pagamento dos impostos do clube. Já o segundo mandato foi excepcional em termos de títulos e ele começou a estudar o Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).
O Daniel, por ser mais jovem, tem resultados mais simples, mas que pode ser transformado em algo melhor. Porém, não avalio como um mal governo.

A dívida do Galo te preocupa?
Só sentando na cadeira do presidente para fazer uma avaliação completa sobre isso. Mas só se paga uma dívida investindo mais. Eu não tenho receio de dívida e para pagá-la, é necessário ampliar as receitas.

Caso ganhe, o que pretende manter e o quer mudar da atual gestão?
O que pretendo manter são contratações de alto nível, pois isso é fundamental para se ter um grande time. E mudaria o comando do time, quero uma pessoa de pulso.