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Paixão pelo futebol é similar ao amor romântico, dizem cientistas

Foto: Freepik.com

Milhões de torcedores, muitas emoções e eventos envolvidos com o esporte mais famoso. O futebol é um patrimônio mundial, e a paixão por ele parece indescritível para a maioria das pessoas, o que as fazem cometer loucuras pelo time do coração. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, constatou que a paixão despertada pelo esporte é semelhante ao sentimento de uma pessoa que vive um amor romântico.

Segundo eles, presenciar situações de emoções positivas, como um gol, uma boa jogada ou um bom resultado, ativa regiões similares do cérebro, o córtex frontal, onde é liberada a dopamina, dando uma sensação de recompensa. Eles puderam comprovar que os sistemas neuronais que são ativados são muito semelhantes ao do amor romântico, e descobriram que a amídala cerebral, que regula as emoções, é ativada mais vezes nos torcedores que nas pessoas que vivem o amor romântico ou de casal.

A psicóloga Laura Soares diz que a paixão pelo futebol tem relação com a sensação de pertencimento a um grupo. “Por ser um esporte coletivo e possuir muita influência em nossa cultura, o futebol desperta paixões entre as pessoas. A modalidade une tribos diferentes e reforça laços sociais e emocionais entre os indivíduos”.

Para ela, datas como Copa do Mundo ou finais de campeonato têm características especiais. “Costumam nos fazer relembrar momentos e pessoas importantes do passado. É um parente que gostava de acompanhar os jogos, um amigo que decorava a casa para torcer, reuniões em família, entre outras situações que podem despertar o desejo de comemorar em grupo com quem temos afinidades”.

Paixão

Vicente Magalhães, 70, torcedor do Cruzeiro, conta que é apaixonado pelo time desde criança. “Vivi e continuo vivendo muita história com a Raposa. Me lembro da emoção que foi ver o time ganhando a Taça Brasil de 1966, a Copa Libertadores de 1976 e vários títulos que vieram depois. Além de acompanhar grandes nomes que já passaram por lá, como Renato Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, Dida, Marcelo Ramos, Alex Alves, Ramires, Geovanni, Marcelo Moreno, Valdo, Maicon e Fábio. Gosto de dizer que é minha primeira paixão, porque conheci antes da minha mulher e filhos e consegui passar esse amor para a próxima geração”, afirma.

Já Márcio Ferreira, 55, é torcedor do Atlético Mineiro e foi até o Marrocos, em 2013, para ver o time disputar o Mundial de Clubes. “A minha paixão pelo Galo veio do meu pai. A gente se reúne sempre que dá para ver os jogos. O Mundial de 2013 foi um acontecimento histórico e fiz a loucura de adiar a compra do meu carro para pagar as despesas da viagem. O valor passou do orçamento esperado, mas não me arrependo, faria de novo, a euforia é difícil de controlar”.